O futebol ganês foi envolvido em um grande escândalo neste domingo (22). A Associação de Futebol de Gana foi acusada de participar de jogos internacionais manipulados por apostadores. Uma investigação feita pelo The Telegraph e Channel 4 denunciou que o Kwesi Nyantakyi, presidente da entidade que rege o futebol no país africano, realizou um acordo para que o time jogasse em partidas que seriam fraudadas.

A situação coloca Gana em descrédito um dia após o empate, por 2 a 2, contra a Alemanha. Na investigação, que durou seis meses, repórteres do Telegraph e um ex-investigador da Fifa se apresentaram como uma sociedade de investidores que estava interessada em “patrocinar” jogos. O agente Fifa, Christopher Forsythe, e Obede Nketiah, figura forte na federação ganesa, deixaram claro que poderiam colocar funcionários corruptos em partidas da seleção da .

Pouco tempo depois, o presidente da associação de futebol do país concordou em conhecer o repórter disfarçado e o investigador, junto com Forsythe e Nketiah. Após uma reunião, o presidente da entidade assinou um contrato acertando a participação de Gana em jogos manipulados. Tudo em troca de pagamento.

A negociação iria custar US$ 170 mil (R$ 379 mil) por jogo organizado pelos manipuladores e permitiria que uma empresa de investidores falsos escolhesse os árbitros.

“Vocês (investidores) sempre vão vir até nós e dizer como vão querer o resultado”, disse Forsythe.

“Você tem que dar a eles [os árbitros] alguma coisa … eles vão fazer um monte de para você, então você tem que dar-lhes algo”, disse Nketiah, que também é o presidente-executivo do clube de futebol de Gana Berekum.

A intenção da organização era manipular resultados depois da Copa do Mundo e deveria até ser disputado uma partida para “testar” o esquema.