Estar de bem com a balança não é o suficiente para evitar o câncer de mama, segundo especialistas. É a vida ativa, composta por exercícios físicos regulares, que faz a diferença, independente se a pessoa for magra ou estiver acima do peso. Uma análise com duração de 13 anos mostrou que a incidência da doença está claramente ligada ao sedentarismo. As mulheres que fizeram exercícios menos do que o recomendado no período foram 40% mais propensas do que as que executaram atividades com frequência. As informações são do Daily Mail.

Mesmo as atividades diárias comuns, como a realização de compras ou brincar com as crianças, ajudam. E não importa a faixa etária para começar a ter uma vida mais ativa. O estudo conversou com mais de 19 mil mulheres com idade média de 56 anos sobre a saúde, hábitos e regularidade de atividades físicas. Após 13 anos, um novo diálogo sobre a saúde foi feito. Cerca de 900 das participantes foram diagnosticadas com câncer de mama.

Ylva Trolle Lagerros, pesquisadora e médica do Instituto Karolinska, em Estocolmo, disse que ainda é possível “reduzir o risco de câncer de mama por ser fisicamente ativa, mesmo se estiver com peso normal”. Ela acrescentou que atividades como caminhar para o trabalho, brincar com os netos e jardinagem entram na conta. “Seu corpo não se importa se você está transportando mantimentos para casa ou se você está na academia, é a quantidade total de exercício no dia em que importa”, disse.

O pesquisador Trolle Lagerros descobriu que o excesso de peso aumenta o risco da doença em 20%, a obesidade em 58%. O câncer de mama é o mais comum na Grã-Bretanha, com quase 50 mil mulheres diagnosticadas por ano.

É a segunda maior causa de morte por câncer entre as mulheres depois do câncer de pulmão. “Nosso estudo mostra que as mulheres na pós-menopausa podem diminuir o risco de câncer de mama com exercícios e perda de peso – que é uma mensagem de saúde pública clara”, disse Lagerros.