A Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) indiciou nesta segunda-feira (10), Edivaldo Soares Pereira, 38 anos, secretário municipal de assistência social de Guia Lopes da Laguna. Ele é acusado de lavagem de dinheiro, fraude à licitação, peculato e posse ilegal de munição de uso permitido.

“Nós demos continuidade as investigações realizadas durante Operação PC-27 – II, realizada em 27 de novembro do ano passado, quando cumprimos 6 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Guia Lopes da Laguna e Dois Irmãos do Buriti. A Deco apurou o desvio de verbas públicas da Prefeitura de Guia Lopes praticadas pelo secretário Edivaldo, através de fraude à licitação e lavagem de dinheiro”, explica João Eduardo Davanço, delegado responsável pelo caso.

De acordo com a polícia, no dia do cumprimento dos mandados de busca, Edivaldo não foi localizado em Guia Lopes. Na casa do secretário foram apreendidas munições de calibre 22, e diversos documentos relacionados ao desempenho irregular de suas funções na prefeitura do município, além de vários documentos indicativos de uma evolução patrimonial incompatível com a renda que possui.

“Após assumir a função de secretário de Guia Lopes da Laguna em 2009, tendo exercido e acumulado as funções de secretário de assistência social, saúde e de administração, Edivaldo vem apresentando evolução patrimonial e movimentação financeira incompatível com seus rendimentos de secretário municipal. Ele inclusive adquiriu diversos bens móveis e imóveis, em nome próprio e de terceiros, para ocultar e dissimular os valores desviados da prefeitura”, diz Davanço.

Segundo o delegado ficou comprovado durante as investigações, o vínculo pessoal entre o acusado e um empresário de Guia Lopes, que atua no ramo de locação de equipamentos para eventos, o qual foi indicado como vencedor em oito licitações no município.

Como efeito do indiciamento pelo crime de lavagem de dinheiro, Edivaldo foi afastado cautelarmente da função de secretário municipal, não podendo assumir qualquer outra função na prefeitura do município. “É o que garante a decisão judicial, tomada com base na representação que fizemos”, fala o delegado.

Também foi representado pela polícia o sequestro dos bens móveis e imóveis adquiridos por Edivaldo, após assumir a função de secretário municipal, por haver fortes indícios da origem ilícita do dinheiro com que adquiriu os bens.