Michael Schumacher já havia preparado um testamento para distribuir a fortuna conquistada durante a carreira mais bem sucedida da história do automobilismo mundial. Nesta segunda-feira, o jornal inglês Daily Mail resgatou uma declaração dada três anos atrás pelo ex-piloto a uma revista alemã, admitindo a existência do documento e deixando uma herança de aproximadamente os R$ 3 bilhões.

“Sim, eu já fiz meu testamento. Sou um pai de família. Mas isso não tem tanto a ver com a Fórmula 1, mas sim com os acidentes que podem acontecer no nosso dia a dia”, havia dito Schumacher, em uma entrevista publicada três anos atrás –na época em que o alemão havia interrompido a aposentadoria para voltar a disputar a F1 pela Mercedes.

De acordo com o diário inglês, o desejo de Schumacher em caso de alguma fatalidade é que todo o seu patrimônio seja dividido entre a mulher Corinna e os filhos Gina e Mick. Os bens do ex-piloto alemão seriam estimados em 750 milhões de libras (mais especificamente R$ 2,9 bilhões), incluindo contas bancárias, carros e propriedades.

Schumacher está internado em coma induzido há nove dias em um hospital na cidade de Grenoble, na França. O heptacampeão mundial da Fórmula 1 está em coma induzido com traumatismo craniano importante, após se acidentar enquanto esquiava com o filho Mick na estação de Méribel, nos Alpes.

Schumacher perdeu o equilíbrio enquanto passava por uma pista não sinalizada e com neve virgem (imprópria para a prática do esqui) e bateu com a cabeça contra uma rocha. O ex-piloto alemão passou por duas cirurgias nos três primeiros dias para o dreno de hematomas e redução da pressão intracraniana.

Desde o dia 31 de dezembro, porém, o staff de Schumacher se limita a informar que o estado clínico do piloto é “estável, porém crítico”. Nesta terça-feira, a mulher Corinna fez um apelo e pediu que os jornalistas que estão em Grenoble parem de fazer vigília na porta do Centro Hospitalar Universitário e deixem médicos e familiares em paz.