A Rússia quer mandar dentro em breve um segundo comboio de ajuda humanitária para o leste da Ucrânia, disse nesta segunda-feira (25) o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, depois que o governo ucraniano e o Ocidente criticaram Moscou por mandar a primeira remessa sem permissão oficial.

“A situação humanitária não está melhorando, mas se deteriorando”, afirmou Lavrov em coletiva de imprensa. “Nós queremos chegar a um acordo sobre todas as condições para a entrega de um segundo comboio pela mesma rota nos próximos dias.”

Conflitos

As forças do governo ucraniano enfrentaram uma coluna de blindados de separatistas perto da cidade de Novoazovsk, no sudeste do país, situada a cerca de 10 quilômetros da fronteira russa, disseram militares ucranianos nesta segunda.

Guardas de fronteira detiveram o avanço da coluna a aproximadamente 5 quilômetros do nordeste da cidade, que fica na região do Mar de Azov, informaram os militares no Facebook.

A nova investida militar dos rebeldes, que um comandante de uma milícia pró-Kiev disse que poderia ter como objetivo capturar a cidade portuária de Mariupol, que está sob controle do governo, parece ter aberto uma nova frente no conflito de cinco meses no leste da Ucrânia. Até então os combates estavam concentrados no entorno das duas maiores cidades em mãos dos rebeldes, Donetsk e Lugansk, mais ao norte.

O comandante de uma unidade da guarda nacional ucraniana na área perto de Novoazovsk, onde houve relatos de confrontos, disse à Reuters por telefone: “Uma guerra irrompeu aqui.” Ele afirmou que não poderia falar mais e encerrou a conversa.