Rio: Choque reforça segurança em favela após morte de dançarino
A rua Sá Ferreira, em Copacabana, amanheceu com policiamento reforçado na manhã desta quarta-feira, depois do protesto pela morte do dançarino do programa “Esquenta” Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, na favela Pavão-Pavãozinho, que terminou com um morto, objetos incendiados e ruas interditadas na comunidade na noite de terça-feira. Policiais do Batalhão de […]
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A rua Sá Ferreira, em Copacabana, amanheceu com policiamento reforçado na manhã desta quarta-feira, depois do protesto pela morte do dançarino do programa “Esquenta” Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG, na favela Pavão-Pavãozinho, que terminou com um morto, objetos incendiados e ruas interditadas na comunidade na noite de terça-feira. Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar posicionaram três carros na Sá Ferreira, perto da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, que dá acesso à favela.
Nesta manhã, moradores da região limpavam os apartamentos atingidos durante o conflito da noite de ontem. Neusa Medeiros, 50 anos, que trabalha como acompanhante de idosos, retirou de um apartamento na rua Saint Roman pedras e garrafas que foram jogadas durante a noite e quebraram a janela de um dos quartos do imóvel. Ela contou que estava tentando chegar ao apartamento com a idosa de que cuida, no fim da tarde, quando viu a rua cheia de gás lacrimogêneo e bombas.
“Meu rosto ficou irritado, minha garganta também. Tivemos que nos esconder em um restaurante até as 20h, até que a polícia nos acompanhasse e nos ajudasse a entrar no prédio. Parece que vivemos em uma guerrilha urbana. Nunca tinha vivenciado isso”, disse ela.
O porteiro Geraldo Carvalho da Silva, 61 anos, teve que se esconder na copa do edifício onde trabalha por causa do gás lacrimogêneo que invadiu o prédio. “Trabalho há 12 anos aqui, nunca vi isso acontecer. Não conseguia respirar, tinha pimenta nos olhos”, afirmou o porteiro.
Uma idosa que mora na região e preferiu não se identificar disse que a sensação foi de terror. “Me escondi na cozinha, fiquei de cócoras esperando tudo passar”, afirmou. Outra moradora de Copacabana disse que estava com parentes de Brasília que vieram conhecer o Rio e que ficou com vergonha da situação de “guerra” na cidade. “Quando abri a porta do elevado para sair, o cheiro de gás invadiu tudo e chegou até o 4º andar. É horrível ficar no meio desta guerra. Não esperava que isso fosse acontecer com o morro pacificado”, afirmou a comerciante aposentada.
Na manhã desta quarta-feira, destroços de objetos queimados durante o protesto foram retirados das ruas e acesso à favela. A situação no momento é de aparente tranquilidade.
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