Relatora da ONU pede que Catar promova reforma judicial
A relatora especial da ONU sobre a independência de juízes e advogados, a brasileira Gabriela Knaul, pediu nesta segunda-feira (27) que o Catar faça uso da sua “posição privilegiada” e promova as reformas necessárias para consolidar seu sistema judicial, como forma de tratar as suas deficiências. “Ao contrário de muitos outros países em todo o […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A relatora especial da ONU sobre a independência de juízes e advogados, a brasileira Gabriela Knaul, pediu nesta segunda-feira (27) que o Catar faça uso da sua “posição privilegiada” e promova as reformas necessárias para consolidar seu sistema judicial, como forma de tratar as suas deficiências.
“Ao contrário de muitos outros países em todo o mundo, o Catar tem os meios financeiros para apoiar reformas importantes e implementar efetivamente uma ampla gama de medidas”, disse Knaul.
Ela elogiou as conquistas do Catar desde a aprovação da Lei sobre o Judiciário em 2003 e sua atual Constituição em 2004, afirmando que “o quadro jurídico no Catar está bem fundamentado no princípio da separação de poderes e da independência do poder judicial, reconhecidos na Constituição”.
No entanto, a especialista brasileira lembrou que o sistema de justiça enfrentou sérios desafios que afetam a prestação da justiça e a defesa dos direitos humanos. “A interferência do [poder] executivo no trabalho do judiciário, especialmente nos casos que envolvem pessoas de alto escalão ou empresas, ainda é motivo dgentilicoe preocupação”, advertiu a brasileira.
“Estou particularmente preocupada com as pessoas vulneráveis, incluindo mulheres, migrantes e trabalhadores domésticos, que enfrentam dificuldades adicionais quando recorrem à justiça”, disse ela.
Knaul apontou para o tratamento discriminatório relatado de não cataris no sistema de justiça, observando que o Estado tem a obrigação sob a lei internacional de direitos humanos de garantir o direito a um julgamento justo para todos os indivíduos dentro de sua jurisdição, independente da sua nacionalidade.
“Em um dos casos, um réu, um cidadão estrangeiro que não falava árabe, teve que assinar um documento em árabe, que incluía uma admissão de culpa. Eu também ouvi o relato de casos em que o réu não obteve a interpretação (tradução simultânea) durante as audiências judiciais”, alertou Knaul.
“Tais violações óbvias do devido processo legal são inaceitáveis, qualquer documento ou testemunho dado na ausência de uma tradução ou interpretação não deve ter validade legal”, reiterou Knaul, pedindo que as autoridades tomem medidas imediatas para investigar e reparar as violações ocorridas.
Ela também ressaltou a aparente falta de transparência e acesso à informação em processos judiciais, inclusive durante a fase de investigação. Como solução, ela recomendou que o Catar adote urgentemente, entre outras medidas, ferramentas tecnológicas modernas, grave todas as audiências e divulgue todas as decisões judiciais e casos.
Notícias mais lidas agora
- Antes de assassinato, homem foi visto em cima de telhado de casa de ex-superintendente em Campo Grande
- VÍDEO: Agente de saúde reage e parte para cima de ladrão durante roubo de celular no Aero Rancho
- VÍDEO: Rua do Colúmbia ‘ganha’ cachoeira após enxurrada e moradores ficam revoltados
- Dentista faz rinoplastia, provoca necrose em cliente e acaba procurada pela polícia em Campo Grande
Últimas Notícias
FCMS irá destinar R$ 100 mil para produções audiovisuais dirigidas por mulheres
O edital visa oferecer apoio financeiro para incentivar as diversas manifestações culturais em Mato Grosso do Sul
CRO-MS emite nota de repúdio a dentista que fez vítimas em procedimentos estéticos em Campo Grande
Uma das vítimas ficou com a boca torta depois de uma lipo de papada
CUFA é alvo de furto e arrecadações para Campanha de Natal são levadas
A entidade precisa de doações para atender mais de 300 pessoas em situação de vulnerabilidade
MC Ryan SP é processado em ação milionária por invadir escola em São Paulo
MC Ryan SP se passou por um aluno e invadiu uma escola pública em novembro do ano passado; agora, a coordenadora do local levou o caso à Justiça
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.