Record vai pagar R$ 50 mil de indenização a William Waack por chamá-lo de espião

O jornalista William Waack, da Rede Globo de Televisão, receberá R$ 50 mil em indenização por danos morais da Rede Record por ser chamado de espião da CIA (agência de inteligência dos EUA). A decisão é do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A notícia “Wikileaks aponta William Waack como informante do governo dos […]

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O jornalista William Waack, da Rede Globo de Televisão, receberá R$ 50 mil em indenização por danos morais da Rede Record por ser chamado de espião da CIA (agência de inteligência dos EUA). A decisão é do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

A notícia “Wikileaks aponta William Waack como informante do governo dos EUA”, publicada no dia 27 de outubro de 2011, baseou-se em uma publicação do blog Brasil que Vai, do economista Luiz Cezar.

“A par dos argumentos da apelante [Record], certo que a divulgação de opinião pessoal de terceiro, no caso, teve potencial danoso, tanto que repercutiu na esfera pessoal do apelado, como se colheu de seu depoimento pessoal”, afirmou o relator, desembargador Silvério da Silva. Ele foi acompanhado de maneira unânime pelos integrantes da 8ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP.

Segundo a Record, ela somente divulgou a opinião de um blogueiro a respeito de documentos publicados no site Wikileaks e essa opinião não pode ser considerada verdadeira ou falsa, nem suscetível de causar dano moral.

O blogueiro já se retratou na esfera criminal e disse que não conhece qualquer documento capaz de relacionar William Waack à CIA.

O pedido de desculpas, publicado em 27 de setembro de 2012, diz que o texto se baseou em “interpretações questionáveis de outros blogs” ao analisar documentos divulgado pelo Wikileaks sobre palestra de William Waack para diplomatas.

“As colocações expressas pelo blog foram replicadas de maneira enviesada por sítios de larga penetração na internet, como o R7 da Rádio e Televisão Record e inúmeros outros”, diz trecho da retratação assinada pelo blogueiro.“Nunca será demais ressaltar que a matéria por mim publicada no Brasil que Vai baseou-se em notícias sem comprovação, colhidas de outros blogs, e que, à passagem do tempo e após permitir conhecimento da sua repercussão negativa e quiçá danosa à pessoa do jornalista William Waack — profissional por quem tenho grande admiração e respeito — levou-me a refletir sobre suas perversas consequências”, completa.

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