Juberfelis Ferreira Lima, de 48 anos, afirma ter pago R$ 150 para exumação do corpo e demolição do túmulo de seu pai para que fosse feito sepultamento de túmulo fechado de sua mãe, em cemitério público da Capital. A cobrança indevida aconteceu no dia 28 de junho, no Cemitério São Sebastião (Cruzeiro).
De acordo com Juberfelis, apesar de placa alertando que os serviços de sepultamento e exumação são gratuitos, uma mulher chamada Marina, alegando ser funcionária da Prefeitura, cobrou R$ 150 pelos serviços. “É um absurdo. Questionei-a, mostrei a placa. Isto é um roubo, o serviço é gratuito”, frisa. Ele pediu nota fiscal, que guarda até hoje.
Segundo Juberfelis, a funcionária queria cobrar ainda R$ 50 por saco plástico. “Fiquei indignado. Cinquenta reais em um saco plástico? Que tipo de saco é esse? Pedi para ver o saco, ela não encontrou, pegou uma sacola normal e desistiu de cobrar”, conta.
Juberfelis destaca que a revolta não é pelo valor cobrado e sim pela cobrança. “Pagar por algo que é gratuito? Aproveitam do momento de fragilidade. Eu tenho condições, mas e quem não tem? Que precisa vender algo para pagar algo que é de graça?”, indaga.
Prefeitura nega
A assessoria da Prefeitura de Campo Grande declarou que o recibo não é de exumação e que, de acordo com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), “a pessoa construiu em cima do túmulo e precisou abrir para enterrar outra pessoa. Neste caso, o serviço é feito por terceiro, e não é de responsabilidade da Prefeitura”.