Rahul Gandhi assume responsabilidade por derrota nas eleições na Índia

O líder de campanha do Partido do Congresso, Rahul Gandhi, assumiu nesta sexta-feira sua responsabilidade na derrota da formação que governa a Índia, que obteve seu pior resultados em eleições gerais. “O Congresso se saiu muito mal e, como vice-presidente do partido, assumo minha responsabilidade”, disse Rahul Gandhi em entrevista coletiva na sede do partido […]

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O líder de campanha do Partido do Congresso, Rahul Gandhi, assumiu nesta sexta-feira sua responsabilidade na derrota da formação que governa a Índia, que obteve seu pior resultados em eleições gerais.

“O Congresso se saiu muito mal e, como vice-presidente do partido, assumo minha responsabilidade”, disse Rahul Gandhi em entrevista coletiva na sede do partido em Nova Délhi.

A mãe de Rahul e presidente do partido, Sonia Gandhi, desejou ao novo governo que “não comprometa a unidade do país”, ao mesmo tempo em que aceitou a derrota “com humildade”.

“Não recebemos o apoio que esperávamos e respeitamos a decisão” dos eleitores, declarou.

O partido da dinastia Nehru-Gandhi, que governou de maneira quase ininterrupta desde a independência do país em 1947, teria obtido 45 distritos, seu pior resultado histórico, com a apuração de votos ainda em andamento.

O nacionalista hindu Narendra Modi, do Bharatiya Janata Party (BJP), se encaminha a uma histórica e arrasadora vitória eleitoral, com 280 dos 538 distritos que já encerraram a apuração, de um total de 543.

Deste modo, se poderia transformar no primeiro partido que consegue uma maioria absoluta desde 1984 no gigante asiático.

O partido governante chegava às eleições mal nas pesquisas, arrastado pelos casos de corrupção e pelo arrefecimento de economia, e sem que Rahul Gandhi fosse sequer formalmente seu candidato, mas apenas chefe de campanha.

Perante a imagem de inoperante do partido no poder, o hinduísta Modi era o favorito em todas as previsões, aprovado por uma imagem de bom gerente como chefe de governo no estado de Gurajat, um dos mais prósperos do país.

As eleições aconteceram ao longo de cinco semanas e registraram um recorde de participação de 66,3%, com 551 milhões de pessoas que depositaram seu voto.

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