Deixa…o conceito – pinturas, desenhos e esculturas de José Abilio Escalante (MS); Lastlândia – instalação de Laerte Ramos (SP); Dedicatórias – pinturas de Hermano Luz (PE) e Drama e Densidade – gravuras de Vânia Pereira (MS) são as quatros mostras que vão inaugurar a 3ª Temporada de Exposições 2014, na próxima terça-feira (12), às 19h30, no Marco (Museu de Arte Contemporânea).

A primeira mostra, Deixa…o conceito – pinturas, com desenhos e esculturas do artista plástico corumbaense José Abilio Escalante Ribeiro apresenta um panorama retrospectivo da obra do artista oportunizando ao visitante o conhecimento e reconhecimento da participação histórica, qualidade e especificidade plástica do trabalho do sul-mato-grossense no contexto social de nossa capital.

Abilio nasceu em Corumbá em 1954, passou a infância e a adolescência em Campo Grande, onde se encontrou com a arte. Filho de boliviana com brasileiro, o artista assumiu o lado boliviano de sua identidade, sem perder o elo com a cidade morena. Sua trajetória artística transmite diversas fases reveladoras de sua personalidade ora colorida e abstrata, ora ecológica, social e claramente identitária de uma arte sul-americana.

A mostra, Lastlândia, do artista plástico paulistano Laerte Ramos é uma instalação com esculturas de cerâmica dispostas no chão sobre uma fina camada de areia a fim de demarcar um acampamento armado.

Baseado nos soldados de plástico e temas militares que são vendidos em saquinhos sortidos em “lojas de 1,99”; a disposição das esculturas faz com que o visitante tenha uma vista aérea da composição. A instalação seria um encontro possível entre uma temática bélica misturada com um lugar lúdico onde crianças brincam deitadas no chão em “pequenas batalhas” sem pólvora, explosões ou projéteis reais.

A instalação, premiada na 7ª edição do edital Marcantônio Vilaça (Funarte/MINC) trata-se na realidade, de uma ampliação da mostra “Ka-ta-pumba” nome da primeira exposição apresentada no MARCO em agosto de 2012 pelo artista.

A exposição, Dedicatórias, acrílicas sobre tela do artista pernambucano Hermano Luz, tem como matéria-prima imagens fotográficas e dedicatórias antigas para compor uma nova narrativa visual. Assim, recortes figurativos da infância são pintados e mesclados a dedicatórias encontradas em livros antigos.

A exposição Drama e Densidade, gravuras da artista plástica natural de Aquidauana, Vânia Pereira, reafirma a importância de um dos nomes mais significativos da produção artística sul-mato-grossense. Vânia encontrou sua grande expressão no desenvolvimento da gravura em metal, explorando com propriedade a técnica da ponta-seca (processo de gravação da imagem na matriz de metal por incisão direta usando um instrumento com ponta de aço), o que fez da artista referência da linguagem no pioneirismo do uso dessa arte no Estado.

“A obra de Vânia tem muita dramaticidade e as imagens são geralmente densas, escuras e cada traço negro ou cada pincelada de cor traduz o envolvimento emocional da artista na busca do aperfeiçoamento formal de suas investigações”, segundo o crítico de arte Rafael Maldonado.

A terceira temporada estará aberta à visitação de terça a sexta das 12h às 18h. Sábado, domingo e feriado das 14h às 18h. A exposição ficará dois meses abertas e quiser mais informações ou fazer e agendamento com escolas o telefone é (67) 3326-7449. O Museu de Arte Contemporânea fica na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas.