Os proprietários do prédio da Câmara de Campo Grande, do escritório Haddad Engenheiros Associados, se manifestaram pelo advogado André Borges em relação à declaração de utilidade pública do prédio e avaliaram o imóvel, com terreno e benfeitorias, em cerca de R$ 30 milhões nesta segunda-feira (10).

Segundo o advogado, a declaração, que é o passo inicial da desapropriação, foi recebida com surpresa pelos engenheiros. “A poder público não paga aluguéis desde 2005 e agora quer se apoderar de um bem público. Eles ficaram bastante surpresos”, anunciou o advogado.

Ainda hoje o escritório deve decidir se irá concordar com o despejo ou se recorrerá na justiça contra a desapropriação. No caso de concordarem, o valor pedido deverá ser pago.

A prefeitura afirmou que vai tentar negociar amigavelmente a compra do imóvel, mas que se o valor oferecido não for aceito entrará com uma ação para avaliação do prédio na justiça.

Despejo

O advogado afirmou que um recurso para que o entendimento da ordem de despejo fosse amanhã (11) está nas mãos do juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública. “Só estávamos aguardando a decisão do juiz. Se fosse concedida ainda hoje, na próxima quarta-feira o escritório iria alugar dez caminhões e fazer o despejo do prédio”.

O prazo oficial estipulado pela Justiça e acatado pela Câmara e prefeitura era o dia 24 de abril, mas a dois dias da sessão de votação do relatório da Comissão Processante que indica a cassação do mandato do prefeito, Alcides Bernal decretou a área como de utilidade pública.