Entendendo que segmentos da sociedade se posicionaram contrariamente ao Grafite Legal, projeto que troca a pichação pela arte nos muros da Estadual Maria Constança de Barros Machado, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e a diretoria do colégio decidiram suspender a pintura que ocorreria neste sábado e domingo (22 e 23).

O objetivo do projeto neste momento é receber de todos os segmentos da sociedade, inclusive de entidades, sugestões para a resolução harmônica deste antigo problema que afeta não apenas professores, técnicos e alunos da Escola Maria Constança de Barros Machado, mas toda a população de Campo Grande.

A utilização da arte do grafite nos muros foi uma proposta da diretoria da própria escola. A ideia surgiu após palestras de educação patrimonial ao longo do ano e de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores da Capital. Todos os eventos foram abertos ao público.

“A Fundação de Cultura sempre julgou procedente a proposição da escola em achar uma solução para o problema através da arte e do respeito ao bem público. Ela cresceu após a realização de debates abertos à comunidade escolar no ano passado e de oficinas de educação patrimonial no corrente ano. Entendemos que a preocupação maior da escola é salvaguardar o patrimônio que ela representa”, analisa Américo Calheiros, presidente da FCMS.

“A escola não vai desistir. De forma democrática queremos integrar diferentes pensamentos. Porém é importante buscar uma solução para este problema e entendemos que a as oficinas de arte e o grafite são alternativas de combate à pichação utilizando a cultura e a educação”, revela Anderson Soares Muniz, diretor da Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado.

O projeto Grafite Legal conta com o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, do apresentador Tatá Marques, do SBT/MS e da Construtintas. Além de contar com de artistas reconhecidos, prevê a participação de alunos do próprio colégio que já passaram por oficinas de pintura grafite.