Projeto federal deixa clima quente entre petistas e peemedebistas na Assembleia

Um projeto do senador Delcídio do Amaral (PT), pré-candidato ao governo, voltou a pautar os deputados estaduais do Estado e o clima esquentou entre petistas e peemedebistas na sessão desta quarta-feira (28) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi quem retomou o assunto que tomou conta da […]

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Um projeto do senador Delcídio do Amaral (PT), pré-candidato ao governo, voltou a pautar os deputados estaduais do Estado e o clima esquentou entre petistas e peemedebistas na sessão desta quarta-feira (28) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi quem retomou o assunto que tomou conta da sessão na terça-feira (27). Ele disse que o senador conversou com o deputado federal Anthony Garotinho (PR) que ficou de se retratar sobre as informações colocadas de maneira equivocada. Garotinho teria dito ainda que as informações utilizadas no discurso foram fornecidas pelo deputado federal Fabio Trad (PMDB). 

Garotinho usou a tribuna da Câmara dos Deputados, no dia 22 de maios deste ano, para criticar um projeto de Delcídio de 2009. O projeto repatriaria recursos enviados a paraísos fiscais. A polêmica está sob o percentual de 5% a ser pago à Receita Federal e a impunidade de crimes como lavagem de dinheiro para trazer o dinheiro de volta ao País.

Kemp justificou que o projeto não passou por nenhuma comissão do Congresso, contrapondo a fala de Garotinho que disse já ter sido discutida diversas vezes, inclusive com a participação do parlamentar.

O líder do governo, deputado Júnior Mochi (PMDB), também usou a tribuna para falar do assunto. Ele sugeriu a retirada do artigo 9 que trata da impunidade. Além disso, o peemedebista defende a elevação da alíquota para 27,5% – índice do Imposto de Renda pago por Pessoas Físicas – e a comprovação da origem.

Depois de tanta discussão, o debate eleitoral chegou ao seu ápice com a fala do deputado Marquinhos Trad (PMDB). Ele foi quem levou o assunto ao plenário na terça. O peemedebista discordou que um educador – Kemp é professor – pudesse defender o projeto.

O petista pediu a palavra e alertou o colega para “tomar cuidado com as gracinhas”. “Pense bem antes de falar desse educador com essa sua voz mansa e sorriso falso no rosto”, disse Kemp a Marquinhos que ria no momento. O petista disse que a discussão estava em alto nível e que foi rebaixado pelo parlamentar.

Marquinhos respondeu ao petista que pediu parecer escrito de Fabio Trad sobre o projeto que ele estava desinformado. “O senhor está desinformado. Em 2011, há três anos, o meu irmão Fabio Trad fez um parecer escrito ao projeto de José Mentor que é igual ao do senador Delcídio do Amaral pela CCJ. Mostrou uma saída: a lata de lixo”, pontuou.

Kemp ainda questionou porque o irmão do colega não fez o debate ao invés de incitar Garotinho. “A diferença de ex-governador do Rio de Janeiro e um deputado federal e para não ter extensão política”, respondeu Marquinhos ao petista.

A tribuna foi ocupada em seguida pelo deputado Cabo Almi (PT) para falar do mesmo assunto, mas logo foi interrompido pela parte pedida de Carlos Marun (PMDB). O peemedebista disse ao colega que ele não estava entendendo porque havia chegado atrasado e que o debate estava em alto nível.

O deputado Amarildo Cruz se revoltou e começou a grita do seu lugar sem pedir a parte. “Alto nível? Estou de saco cheio”, gritava.  O petista acusou Marquinhos de fazer insinuações. Marun que estava com a palavra reclamou ao presidente, no momento era o deputado Lídio Lopes (PEN), sobre a situação. O petista ainda gritou mais uma vez.

O debate sobre o projeto do senador durou a sessão inteira divida pelo grande e pequeno expedientes e explicações pessoais.

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