Programa Espaço Público debate mídia brasileira e Copa do Mundo
O jornalista e sociólogo Venício Lima fez, nessa terça-feira (8), críticas aos grandes veículos de mídia brasileiros. Para ele, a chamada “grande mídia” tentou pautar a imprensa internacional, prevendo um fracasso da organização brasileira na Copa do Mundo, que não se confirmou. “A chegada ao país de tantos jornalistas estrangeiros, em contato direto com a […]
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O jornalista e sociólogo Venício Lima fez, nessa terça-feira (8), críticas aos grandes veículos de mídia brasileiros. Para ele, a chamada “grande mídia” tentou pautar a imprensa internacional, prevendo um fracasso da organização brasileira na Copa do Mundo, que não se confirmou.
“A chegada ao país de tantos jornalistas estrangeiros, em contato direto com a realidade, fez com que houvesse uma mudança da cobertura sobre o que ocorria aqui. A mídia estrangeira teve que se curvar à realidade, onde tudo estava funcionando. A mídia brasileira se distanciou, como se não tivesse nada a ver com isso, mas influenciou a cobertura estrangeira [quando dizia que a Copa seria um fracasso]”, analisou.
Ele lembrou que a “grande mídia” tentou pautar as manifestações de 2013, mas não obteve êxito, tendo sido, inclusive, hostilizada nos protestos. Isso seria uma mostra da perda de credibilidade da mídia brasileira. “Sem dúvida, a grande mídia tem perdido credibilidade. Uma das formas de sobrevivência dela é falar cada vez mais para menos gente, para seu público cativo”, disse o jornalista ao participar do programa Espaço Público, da TV Brasil.
Para Lima, o famoso “complexo de vira-lata” do brasileiro é alimentado pelos grandes grupos de mídia nacionais. Sobre o problema da autoestima brasileira, observou que “a grande mídia tem culpa no cartório, porque colabora com essa síndrome do fracasso. O futebol é bom exemplo disso. Na Copa, se você não é campeão, você é um desastre”.
Ele disse ainda que não acredita que o desempenho do time brasileiro na Copa do Mundo exercerá influência negativa para a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição. “O Brasil tem níveis de educação e renda que possibilitam uma percepção mais aguçada do que ocorre no cenário político. Acho improvável que a derrota no futebol tenha influência determinante no resultado eleitoral”.
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