Cerca de 500 professores da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul estão cobrando salário atrasado há dois meses. Aprovados em concurso, eles começaram a trabalhar em junho. Segundo eles, a folha de pagamento, que normalmente fecha perto do dia 10, foi antecipada e os professores não receberam o salário.

“Fomos atrás e ficou acertado que receberíamos em agosto o salário de junho, mas não veio”, conta o professor, que diz que o salário está comprometendo a renda familiar.

Outra professora revela que teve de recorrer a empréstimos, pois precisou usar o limite do cartão de crédito em julho. “Sem o salário de junho meu orçamento ficou afetado”.

Os professores afirmam que a SED (Secretaria do Estado de Educação) nunca deu previsão de quando os funcionários receberiam o salário atrasado. Eles tiveram a identidade preservada por questões de segurança.

Mais um mês

A SED declarou em nota nesta sexta-feira (8) que em junho a SEGRH (Secretaria Geral de Recursos Humanos) alterou o sistema de folha de pagamento, o “Consist”, para o sistema “Universal”, com objetivo de atender os servidores com mais segurança e agilidade.

A Secretaria explicou que durante a transição não houve o fechamento da folha de pagamento daqueles que assumiram o concurso na época. “O novo sistema foi normalizado em agosto, eles já foram incluídos e a diferença salarial de junho será paga em setembro”.