A libertação de cinco prisioneiros do Talibã em troca de um soldado dos Estados Unidos têm gerado críticas por parte de alguns afegãos, que dizem que os detidos são perigosos e vão retomar laços com organizações terroristas para voltar ao combate.

O Talibã negou que os prisioneiros vão voltar ao combate, mas disse que a troca não deveria ser vista como um gesto de boa vontade nem como passos em direção à retomada das negociações de paz.

Os homens eram mantidos na base naval norte-americana na baía de Guantánamo, Cuba, desde 2002 e foram classificados pelo Pentágono como de “alto risco” e “susceptíveis de constituir ameaça”.

Dois deles também foram envolvidos no assassinato de milhares da minoria muçulmana xiita no Afeganistão, de acordo com o exército dos Estados Unidos.

“Eles definitivamente vão voltar ao combate, se estiverem bem de saúde”, disse uma autoridade da agência de espionagem do Afeganistão, que pediu para ser mantido em anonimato por conta da sensibilidade do assunto.

“Eles vão ser pessoas muito perigosas, pois têm conexões com organizações terroristas regionais e internacionais”.

Os prisioneiros foram libertados em troca do sargento Bowe Bergdahl, único prisioneiro de guerra norte-americano mantido no Afeganistão, que foi levado a um hospital militar dos EUA na Alemanha neste domingo (1º).