Uma agência de notícias russa informou que o presidente deposto e foragido da Ucrânia, Viktor Yanukovych, foi visto em um hotel de Moscou e agora estaria hospedado em um sanatório ligado ao Kremlin (termo usado para se referir a sede do governo da ), fora da cidade. A agência ainda informa que Yanukovych pediu que a Rússia garanta sua segurança.

O relatório da RBK não pôde confirmar, mas a segurança no hotel foi excepcionalmente reforçada na quarta-feira, 26, com a polícia observando veículos estacionados do lado de fora e guardas posicionados em todo o lobby. Também foi relatado que alguns dos aliados de Yanukovych teriam estado no hotel, e ainda poderiam estar lá.

A RBK disse que a informação veio de um dos empresários mais ricos da Rússia e teria sido confirmada por um funcionário do governo, que não foi identificado.

Viktor Yanukovytch ainda se considera presidente da Ucrânia e chama de ilegítimas as decisões tomadas pelo Parlamento, que votou sua destituição e nomeou autoridades de transição, segundo uma declaração enviada a agências de notícias russas.

Ele pede ao governo da Rússia que garanta sua “segurança pessoal” ante os “extremistas”.

Pouco depois, uma fonte do governo russo, citada por agências do país, afirmou que Moscou atendeu o pedido de Yanukovytch de garantir sua segurança pessoal em território russo, o que dá a entender que o presidente destituído está na Rússia.

“Após o apelo de Yanukovytch às autoridades da Rússia para garantir sua segurança pessoal, informamos que este pedido foi atendido em território russo”, declarou a fonte, que não teve o nome revelado.

Enquanto o Ocidente reconheceu o novo governo ucraniano, cujas forças tiraram Yanukovych do poder, a Rússia ainda o considera o presidente legítimo.

Yanukovych não foi mais visto em público desde sábado, 22, após ter sido deposto do governo, e ter tentado, sem sucesso, embarcar em um avião em Donetsk (leste do país). Atualmente, ele é procurado pela polícia internacional por ‘ em massa’, após mais de 80 pessoas terem morrido em confrontos em Kiev nas últimas semanas.