O prefeito de Campo Grande, (PP), visitou na tarde desta terça-feira (25) a Santa Casa da Capital, onde conversou com a diretoria da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) sobre alguns pontos críticos que o maior hospital do Estado vem enfrentando.

De acordo com o presidente da ABCG, Wilson Teslenco, o ex-prefeito Alcides Bernal nunca apareceu para conversar com a diretoria do hospital no período em que esteve à frente da Prefeitura e o hospital necessitava fazer alguns pedidos com urgência. Durante a reunião com Olarte, Teslenco elencou três pontos mais críticos que ele havia tentado levar para Bernal e acabou não conseguindo.

O primeiro ponto citado pelo presidente da ABCG foi o tributo que o hospital conseguiu financiar o não pagamento através do pró-SUS. Segundo Teslenco, o problema é o déficit crônico que a Santa Casa possui. Além disso, o tributo deste mês no valor de três milhões de reais ainda não foi pago e o hospital corre o risco de perder o benefício do pró-SUS.

“O pagamento desse tributo não só foi protelado, como também foi ameaçado de ser abandonado”, afirmou Teslenco. Neste momento Olarte indagou o presidente da ABCG quem teria protelado o pagamento desse tributo, e Teslenco respondeu: “Pessoas do seu partido”.

O segundo ponto levantado por Wilson foi o empréstimo de R$ 800 milhões para pagar parte da dívida da Santa Casa, cuja parcela é de R$1,6 milhão. O presidente da Santa Casa afirmou que o governo do estado se prontificou a pagar R$ 750 mil e a Prefeitura os outros R$ 750 mil, no entanto a Prefeitura nunca efetuou o pagamento da sua parte da parcela.

Neste ponto, Olarte disse que irá ver o que pode fazer dentro da legalidade para ajudar a pagar estes R$750 mil que a prefeitura se prontificou a pagar.

O terceiro ponto que Teslenco revelou foi sobre o Hospital do Trauma e a reforma da Santa Casa, que segundo ele está emperrada porque o Ministério da Saúde não libera os recursos destinados a estes dois projetos.

Quanto ao Hospital do Trauma, Teslenco afirmou que toda a adaptação de documentos e tudo que era exigido foi feito, no entanto disse que a ABCG precisa de uma ação política dentro do Ministério da Saúde.

Já referente à reforma da Santa Casa, o convênio de 11 milhões de reais já foi firmado e o Ministério da Saúde precisa liberar seus recursos para a Caixa Econômica Federal para poder dar início às obras.

Quanto aos questionamentos do terceiro ponto elencado por Teslenco, o prefeito Gilmar Olarte disse que está indo para Brasília amanhã e que se a diretoria conseguisse entregar todos os papéis do Hospital do Trauma e da reforma da Santa Casa até o final do dia, ele iria entregar pessoalmente para uma pessoa com muita influência dentro do Ministério da Saúde.