Prefeitura vai investigar se servidor abusou de adolescentes no local de trabalho

A Prefeitura de Dourados abriu sindicância para verificar se o servidor municipal Jeferson Porto da Silva, de 33 anos, usava o local de trabalho para praticar os crimes. O servidor foi preso no domingo (19) por aliciar mais de 50 adolescentes. De acordo com a nota oficial emitida pela prefeitura, se houver qualquer indício de […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

De acordo com a nota oficial emitida pela prefeitura, se houver qualquer indício de que Jeferson tenha usado o local de trabalho para cometer os crimes, o servidor será processado. A informação é de que, até o momento, há apenas uma irregularidade registrada contra o servidor por questão documental.

Confira a nota na íntegra

A Secretaria de Administração da Prefeitura de Dourados, por conta das denúncias envolvendo o servidor municipal Jeferson Porto da Silva, determinou a abertura de uma sindicância para apurar se em algum momento ele utilizou a estrutura de seu local de trabalho para a prática de crimes relacionados na denúncia. Caso haja qualquer indício neste sentido a sindicância passa a processo. A Secretaria esclarece ainda que, a respeito de outras investigações ou procedimentos administrativos contra o citado servidor, foi constatada apenas uma irregularidade porque questão documental, que geralmente é comum em órgão público, o que gerou apenas advertência.

João Azambuja

Secretario Municipal de Administração

O caso

Jeferson trabalhava no setor de RH (Recursos Humanos) da prefeitura de Dourados. Após dois meses de investigação, ele acabou preso apontado como aliciador de jovens. O suspeito utilizava um perfil falso no Facebook e também no aplicativo de conversas para celular ‘WhatsApp’, onde se passava por uma mulher chamada ‘Jessika Alessandra’.

Após atrair os adolescentes entre 14 e 16 anos, ele marcava encontros noturnos na casa dele, onde morava com a mãe, que é idosa. Quando chegavam lá e viam que não se tratava de uma mulher, os jovens eram convencidos pelo servidor a manter relações sexuais com ele mediante pagamento de R$ 30. Computadores e celular dele foram apreendidos com vídeos e fotografias.

Portador de HIV, Jeferson chegou a falsificar um exame clínico para convencer os jovens que questionavam a falta do uso de camisinha. Além de favorecimento à prostituição infantil, ele deve responder também por pedofilia, perigo de contágio venéreo, falsificação de documento particular e estupro de vulnerável, quando a vítima tem menos de 14 anos. O servidor deve ser transferido para a PHAC (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa) até o fim desta semana.

Conteúdos relacionados