Prefeitura muda sede de escola e ribeirinhos ficam sem aula em MS
As aulas da Escola Municipal Rural Polo Esperança, frequentada por crianças e adolescentes da comunidade ribeirinha Bracinho, em Corumbá, começaram em 17 de março. Entretanto, parte dos estudantes não se matriculou ou falta às aulas devido à dificuldade de deslocamento até a nova sede da escola, que agora fica em um local distante até 10 […]
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As aulas da Escola Municipal Rural Polo Esperança, frequentada por crianças e adolescentes da comunidade ribeirinha Bracinho, em Corumbá, começaram em 17 de março. Entretanto, parte dos estudantes não se matriculou ou falta às aulas devido à dificuldade de deslocamento até a nova sede da escola, que agora fica em um local distante até 10 quilômetros de suas casas.
O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul (MPF/MS) recomendou nesta sexta-feira (04) à Prefeitura e à Secretaria de Educação de Corumbá que providenciem, com urgência, transporte escolar gratuito e diário para facilitar o acesso à nova sede. O órgão solicitou respostas às questões no prazo máximo de 48 horas.
A administração municipal informou que está apenas iniciando estudos e ações para adquirir um veículo e, aparentemente, não tomou medidas emergenciais para resolver a situação. Os alunos continuam sem transporte gratuito.
Até o dia 1º deste mês, a prefeitura não havia esclarecido como os alunos estão se deslocando até a escola, se todos eles já estão frequentando as aulas, e em quanto tempo o processo licitatório para compra de um meio de transporte escolar será finalizado.
Sede transferida
Segundo a prefeitura de Corumbá, a sede desativada da escola atendeu os moradores da comunidade durante 40 anos, mas teve de ser desocupada porque é de propriedade particular e o titular reivindicou seus direitos de posse. Além disso, segundo a prefeitura, havia dificuldade de deslocamento do gestor, técnicos e professores até o antigo local.
Os ribeirinhos apresentaram abaixo-assinado contra a mudança, não só pela dificuldade de acesso dos filhos ao local provisório – que só se dá por meio de trator, carro de boi ou a cavalo e leva aproximadamente duas horas –, mas também em favor da tradicionalidade da antiga sede.
(Com informações do Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul)
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