Prefeita e 5 servidores são detidos por fraude no funeral de Mandela

A prefeita de Buffalo City (Cabo Oriental, África do Sul), Zukiswa Ncitha, e outros cinco funcionários municipais foram detidos por desviar dinheiro destinado ao transporte de moradores da cidade sul-africana ao funeral do ex-presidente Nelson Mandela, informou nesta terça-feira a imprensa local. Aparentemente, este município do Cabo Oriental (sudeste da África do Sul) desviou p…

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A prefeita de Buffalo City (Cabo Oriental, África do Sul), Zukiswa Ncitha, e outros cinco funcionários municipais foram detidos por desviar dinheiro destinado ao transporte de moradores da cidade sul-africana ao funeral do ex-presidente Nelson Mandela, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Aparentemente, este município do Cabo Oriental (sudeste da África do Sul) desviou parte do dinheiro destinado ao transporte de seus moradores à cerimônia realizada em Johanesburgo a fazer camisetas e a empresas relacionadas com o Congresso Nacional Africano, governante na cidade e o Executivo nacional.

As detenções “estão relacionadas com o transporte de pessoas ao ato”, disse Paul Ramaloko, porta-voz da direção de Investigação de Crimes Prioritários da Polícia sul-africana, conhecida como “Hawks” (Falcões).

Vários contratos de Buffalo City não receberam o dinheiro destinado à organização dos atos de despedida do ex-presidente, que morreu em 5 de dezembro do ano passado, denunciou o diário regional “The Daily Dispatch”.

Segundo a imprensa local, o secretário-geral do governamental Congresso Nacional Africano (CNA) em Búfalo, onde também ocupa o poder, teria manobrado para desviar o dinheiro a diversas contas bancárias.

Com o dinheiro que correspondia ao transporte para assistir ao funeral de Estado de Mandela – que aconteceu em 10 de dezembro no estádio FNB de Soweto, Johanesburgo – o ramo regional do CNA nos Cabo Oriental confeccionou camisetas do partido, informou o “The Daily Dispatch”.

Os acusados foram detidos e estiveram no tribunal ontem, acusados de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro, em uma audiência que foi adiada até 1º de setembro.

O juiz concedeu a liberdade em troca de uma fiança de 10 mil rands (cerca de R$ 2.100) para cada um deles.

Após serem reveladas as detenções, o CNA afirmou em comunicado que “a corrupção não tem lugar no CNA nem na sociedade sul-africana”, e pediu aos membros do partido que tiverem informação sobre o caso que cooperem com a justiça.

“Esperamos que os culpados de saquear os cofres públicos em nome de Mandela paguem por suas ações”, declarou Lance Meyer, porta-voz da opositora Aliança Democrática (DA) no Prefeitura de Buffalo.

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