O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, que o valor da conta de luz não pode variar como o preço do tomate, em períodos de seca. Ele fez a afirmação ao justificar o aporte de R$ 12 bilhões para socorrer distribuidoras com a crise de energia provocada pelo baixo nível de chuva.

“Nós não transformar energia em tomate, deu seca o tomate subiu. (…) Vimos uma forma de evitar a volatividade de preço através de mecanismos puros de mercado”, disse, em audiência na Câmara dos Deputados.

Zimmermann disse que, apesar dos consumidores ajudarem a pagar a ajuda a partir de 2015, a tendência é de neutralidade nas tarifas. O executivo do Ministério de Minas e Energia ponderou que deverá haver equilíbro, porque, segundo ele, vencem concessões de usinas que produzem 5 mil megawatts, o que vai baratear o custo da concessão de energia.

“Então não se está empurrando (o aumento da tarifa para 2015), não está segurando tarifa”, disse, rebatendo acusações de que o governo estaria postergando o aumento da conta de luz para depois das eleições.

Zimmermann fez as declarações durante uma apresentação sobre o funcionamento do sistema elétrico brasileiro, composto por usinas hidrelétricas e termelétricas. Em períodos de poucas chuvas, o consumidor precisa bancar o uso de combustível para geração de energia. “Em ano hidrológicos piores, eu tenho que queimar o combustível e, contratualmente, quem paga é o consumidor”, disse.