Precisava de dinheiro vivo para pagamentos, diz ex-diretor sobre R$ 700 mil apreendidos
Em um depoimento morno na CPI da Petrobras no Senado, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa explicou nesta terça-feira (10) que os mais de R$ 762 mil em dinheiro vivo apreendidos pela Polícia Federal em sua casa eram para fazer pagamentos da sua consultoria. “Eu tinha realmente esses valores. Eu tenho uma […]
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Em um depoimento morno na CPI da Petrobras no Senado, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa explicou nesta terça-feira (10) que os mais de R$ 762 mil em dinheiro vivo apreendidos pela Polícia Federal em sua casa eram para fazer pagamentos da sua consultoria.
“Eu tinha realmente esses valores. Eu tenho uma empresa porque tinha necessidade de ter dinheiro vivo para fazer uma série de pagamentos, como impostos”, disse para dois senadores petistas que acompanhavam o depoimento por volta das 13 horas.
Dominada por governistas, a comissão foi boicotada mais uma vez pela oposição por considerá-la “chapa branca”. Os oposicionistas apostam suas fichas na comissão mista, também criada no Congresso para apurar suspeitas de irregularidades na estatal e que tem a participação de deputados e senadores. No entanto, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) também é controlada por parlamentares governistas.
Sobre os mais de US$ 180 mil, também em dinheiro vivo, encontrados na sua casa disse que são resultado da economia que fez ao longo do seu trabalho de 35 anos na Petrobras como “garantia”.
“Dólares eu economizei como garantia. (…) Não sei qual é o problema de ter em casa isso”, afirmou.
Em seu poder, a PF apreendeu ainda mais de 10 mil euros, também em dinheiro vivo. Segundo Costa, esse dinheiro é “de viagem”, usado no turismo.
Costa foi preso pela Polícia Federal no dia 17 de março na Operação Lava Jato, por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, acusado chefiar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. O ex-diretor acabou solto no dia 19 de maio após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
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