População se assusta e discorda de aumento de IPTU estimado em 20%
A novidade sobre o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), previsto para 2015 não agradou os campo-grandenses. Depois de dois anos de congelamento, o valor ainda não foi especificado, no entanto, a estimativa é de que o aumento seja superior a 20%. Para o motorista, Luis Roberto de Oliveira, de 33 anos, que […]
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A novidade sobre o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), previsto para 2015 não agradou os campo-grandenses. Depois de dois anos de congelamento, o valor ainda não foi especificado, no entanto, a estimativa é de que o aumento seja superior a 20%.
Para o motorista, Luis Roberto de Oliveira, de 33 anos, que tem 29 casas de aluguel, no Bairro Coophavila II, o impacto será grande. “Tenho muitos imóveis e o valor do imposto não está inserido no aluguel. A alternativa é pagar tudo a vista para me beneficiar com os descontos”, ressaltou.
O vendedor Alexandre Eder Rocha, de 27 anos, mora na Avenida Guaicurus, no Bairro Aimoré. O local foi recapeado recentemente, no entanto, o contribuinte discorda do aumento. “O povo não tem voz, não somos consultados. Eles simplesmente aumentam e temos que pagar. O pior é que não existe retorno. A cidade está cheia de ruas sem asfalto e com muitos buracos”, observou.
O administrador Samuel Magela, desatacou que no Bairro Santa Emília, onde mora, em algumas ruas o asfalto ainda não saiu do papel, mas o valor já é computado na conta do IPTU. “É uma grande injustiça ter que pagar por taxas que sequer usufruímos e saber que haverá um aumento é ainda pior porque temos certeza que vai demorar muito para recapearem as áreas que ainda não têm asfalto”, afirmou.
Com renda um pouco acima de R$ 1.500,00, a diarista Adelina Santos da Silva, de 59 anos, que mora no Conjunto Residencial Mata do Jacinto, onde algumas ruas estão sendo preparadas para que sejam recapeadas, contou que deixou de pagar o tributo de cerca de R$ 250,00 mensais.
“É muito caro, não consigo pagar e agora estou tentando renegociar a dívida, até mesmo porque antes eram duas casas no mesmo terreno e agora, tenho apenas uma. Eles estão arrumando a rua e isso deve aumentar o valor ainda mais”, lamentou.
Nesta semana, ao ser questionado sobre o assunto, o presidente da Câmara de Campo Grande, Mário Cesar (PMDB), justificou que o reajuste era necessário por conta da diferença entre o valor do imóvel e o tributo cobrado.
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