População denuncia novo lixão nas margens de córrego de Campo Grande

Livros, pneu, ventilador, retrovisor, colchão, roupas, canos, plásticos de todas as formas e cores que se possa imaginar é possível ver no lixo que acumula nas margens do Córrego Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Moradores denunciam que há muito tempo o problema existe e que falta conscientização da população. “Há muito tempo […]

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Livros, pneu, ventilador, retrovisor, colchão, roupas, canos, plásticos de todas as formas e cores que se possa imaginar é possível ver no lixo que acumula nas margens do Córrego Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.

Moradores denunciam que há muito tempo o problema existe e que falta conscientização da população. “Há muito tempo que vejo lixo por aqui. Moro há dois anos e vejo que é povo do bairro que faz isso”, contou Cristina dos Santos, 25 anos, do lar.

Gleiciele Batista, 26 anos, afirma que faz quatro anos que ela vê entulhos nas margens. “Só vi a prefeitura vir uma vez limpar. Cortaram a grama na margem de cima, mas deixou um mato enorme na beira e acaba virando esconderijo para bandido”, reclamou.

Já o mecânico Marcos Pereira, 52 anos, contou que como na região há muitos catadores de recicláveis, quando eles não conseguem vender todo o material, descartam o resto na beira do córrego. “Sem contar quando eles colocam fogo e vem aquela fumaça tóxica”, ressaltou.

Prefeitura promete limpeza imediata

A reportagem entrou em contato nesta segunda-feira (21) com a Prefeitura de Campo Grande e segundo a assessoria de comunicação, a Secretaria de Infraestrutura (Seintrha) vai fazer a limpeza das margens do córrego amanhã (22).

Riscos ambientais e para a saúde

Segundo dicas disponíveis no site do Ministério da Saúde, o lixo descartado inadequadamente pode causar os seguintes problemas à saúde e ao planeta:

Ar: a queima de plástico, borracha, espuma, produz gases tóxicos que podem causar dores de cabeça, náuseas, distúrbios respiratórios, etc.;

Água: o lixo pode contaminar as águas e veicular micro-organismos que provocam doenças, como hepatite, verminoses, etc.;

Solo: a decomposição do lixo em locais inadequados contamina o solo e pode atingir as águas dos rios, córregos, cisternas, poços, etc.

Proliferação de bichos

Moscas: podem transmitir por meio das patas, asas, corpo, fezes as doenças salmonelose, verminoses, disenteria, febre tifoide.

Mosquitos: transmite pela picada as doenças malária, dengue, febre amarela, leishmaniose, filariose

Baratas: transmite pelo contato com as patas, asas, corpo, fezes as doenças febre tifoide, verminoses, difteria, doenças gastrointestinais.

Ratos: o contato com as fezes, urina e saliva podem transmitir a leptospirose, hantavirose, peste bubônica.

Tempo de decomposição no meio ambiente

Papel: três meses para se decompor

Cigarro: de um a dois anos

Chiclete: cinco anos

Tecido: de um a seis anos

Isopor: 400 anos

Plástico: centenas de anos

Vidro: milhares de anos

Metal: nunca

Borracha: indeterminado


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