PMs envolvidos em tiroteio no Réveillon de Copacabana têm armas apreendida

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu nesta quarta-feira (1º) as armas utilizadas pelos oito policiais militares que se envolveram em um tiroteio durante a festa de Réveillon em Copacabana, na zona sul da cidade. Um deles é o tenente-coronel Ronald Santana, comandante do batalhão do bairro (19º BPM), que foi atingido no joelho. […]

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu nesta quarta-feira (1º) as armas utilizadas pelos oito policiais militares que se envolveram em um tiroteio durante a festa de Réveillon em Copacabana, na zona sul da cidade.

Um deles é o tenente-coronel Ronald Santana, comandante do batalhão do bairro (19º BPM), que foi atingido no joelho. A troca de tiros começou depois que um homem suspeito de agredir a mulher roubou a arma de um soldado que acompanhava o comandante. Pelo menos oito pessoas se feriram.

A Polícia Civil informou que a 12ª DP (Copacabana) abriu um inquérito para investigar as circunstâncias dos fatos narrados pelas testemunhas. O homem que teria iniciado o tiroteio foi identificado como Adilson Rufino da Silva, 34, preso em flagrante pelos crimes de violência contra a mulher –Lei Maria da Penha– e de tentativa de homicídio.

Silva também foi baleado e se encontra sob custódia policial no hospital Miguel Couto, no Leblon, zona sul.

Além de apreender as armas dos policiais e encaminhá-las para a perícia do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), a 12ª DP vai aguardar a recuperação das vítimas para que sejam colhidos os seus respectivos depoimentos. O delegado responsável pela investigação também solicitou imagens das câmeras de segurança instaladas na região.

“Achei que fossem fogos”, diz vítima

Renato Carneiro Resse, 15, baleado na perna durante a confusão, foi atendido na madrugada desta quarta-feira (1º) no hospital Miguel Couto. Ao deixar a unidade, o jovem afirmou que, em um primeiro momento, achou que os disparos fossem fogos de artifício.

“Escutei o primeiro disparo e achei que fossem fogos. Mas eu vi todo mundo se jogando no chão. Não tive essa reação. Quando eu senti [o disparo que o atingiu], pensei que fosse alguma coisa caindo em mim, como uma árvore. Mas eu coloquei a mão e vi o sangue”, disse ele em entrevista à rádio “CBN”.

Das cinco pessoas levadas para o hospital Miguel Couto, três receberam alta. Outras duas seguem internadas, em estado estável, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Testemunhas relataram que Silva tentava enforcar uma mulher na rua República do Peru, esquina com a avenida Atlântica, a poucos minutos da queima dos fogos. Ao ser abordado pelos policiais militares, Silva conseguiu tirar a arma do soldado que acompanhava o tenente-coronel Santana, segundo informações da assessoria da PM.

Durante a troca de tiros, o comandante do 19º BPM foi baleado no joelho. O outro policial militar, ainda não identificado, reagiu com disparos e também foi baleado.

Santana foi operado na madrugada em um hospital particular, mas já recebeu alta. O soldado continua internado no hospital da corporação, no Estácio, zona norte. Não há informações sobre o seu estado de saúde.

A ocorrência foi registrada na delegacia de Copacabana (12ª DP), que abriu inquérito para investigar as circunstâncias dos crimes. Silva foi preso em flagrante e está sob custódia.

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