PMA multa em R$ 70 mil ALL por derramamento de óleo lubrificante no solo e vegetação

Depois de várias denúncias de descarte de óleo contaminado em solo e vegetação, a empresa ALL – América Latina Logística foi multada nesta quinta-feira (29) em R$ 70 mil. Uma equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) esteve na sede e autuou a empresa por derramamento de óleo lubrificante do solo e vegetação. De acordo com […]

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Depois de várias denúncias de descarte de óleo contaminado em solo e vegetação, a empresa ALL – América Latina Logística foi multada nesta quinta-feira (29) em R$ 70 mil.

Uma equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) esteve na sede e autuou a empresa por derramamento de óleo lubrificante do solo e vegetação. De acordo com a PMA, o problema foi na estação de tratamento dos resíduos líquidos que está quebrada.

Os responsáveis poderão responder por crime culposo de poluição. A pena para este crime é de seis meses a um ano de detenção. A concessionária que administra a linha férrea na região foi notificada a apresentar no prazo de seis dias junto ao 15º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, boletim de análise do solo e da água na área afetada contendo laudo técnico informando se houve ou não contaminação por carbonato (óleo).

De acordo com um funcionário que preferiu não se identificar, na área em que funciona o posto de abastecimento e na Estação de Abastecimento de Água (ETA), existe vazamento de óleo que está contaminando o solo e a vegetação.

O funcionário disse que há três anos trabalha na empresa e o problema existe nesses dois locais. No posto de abastecimento de locomotivas o óleo cai direto na terra e acaba contaminando o solo porque a máquina é muito velha.

“Como a máquina do posto de abastecimento é muito velha e tem vazamento o óleo cai direto no solo e contamina toda a área”, explica. O funcionário disse que várias denúncias foram feitas ao sindicato dos ferroviários sobre a falta de cuidado com o meio ambiente e os riscos que os empregados correm diariamente.

Outro problema apontado por ele é na ETA que jogo óleo contaminado direto em uma mata que existe no local. Ele disse que falta um técnico ambiental para controlar o funcionamento e impedir que a substância seja descartada sem tratamento. “Como o técnico ambiental foi transferido para Três Lagoas não existe ninguém que trate esse óleo e por isso está sendo jogado puro no solo prejudicando o meio ambiente”, afirma.

O funcionário também revelou que em dias de chuva o problema fica mais grave. “Nos dias que estão chovendo o problema fica pior porque o óleo vem para cima e não tem nem como andar, saio daqui com meu uniforme todo sujo de graxa”, revela.

Segundo o funcionário, tem uma vala próxima a uma fazenda na primeira linha da ferrovia que está vazando óleo e contaminando o meio ambiente. “Esses dias pisei em uma pomba morta e achei que era uma pedra, esse óleo está matando os bichos”, diz.

O empregado também disse que todos estão sendo prejudicados com esse descarte ilegal e que já teve até pessoas que ficaram doentes. “Teve um colega que teve problema de pele por causa da contaminação”, conta.

A concessionária informou por meio de sua assessoria de imprensa que já iniciou os trabalhos de limpeza no solo ocasionados por um vazamento de óleo de uma lavadora locomotiva.

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