PM do RJ monitora torcedores e ameaça prender por racismo em Fla x Grêmio

Os atos racistas promovidos por parte da torcida do Grêmio contra o goleiro Aranha, do Santos, resultaram na exclusão do clube da Copa do Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e criaram um clima de tensão para a partida do próximo sábado, às 18h30, no Maracanã, entre Flamengo e o clube gaúcho. As […]

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Os atos racistas promovidos por parte da torcida do Grêmio contra o goleiro Aranha, do Santos, resultaram na exclusão do clube da Copa do Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e criaram um clima de tensão para a partida do próximo sábado, às 18h30, no Maracanã, entre Flamengo e o clube gaúcho. As duas torcidas já se provocam nas redes sociais e a Polícia Militar do Rio de Janeiro avisou que os gremistas serão monitorados e presos caso ocorra a repetição dos incidentes.

Os rubro-negros ameaçam os gaúchos pela internet e preparam protestos anti-racismo por meio de faixas que serão estendidas nas arquibancadas. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) da PM autorizou as manifestações dos flamenguistas e reforçou o patrulhamento em relação aos visitantes.

As câmeras de monitoramento do estádio serão utilizadas para vigiar os gremistas ao lado de 250 homens do Gepe espalhados pela parte interna do Maracanã. Tudo para evitar qualquer possibilidade de novo ato racista. Caso as ofensas sejam repetidas, os torcedores serão presos imediatamente, segundo o responsável pelo policiamento.

“Vamos transmitir segurança aos torcedores do Grêmio para evitar confrontos entre as organizadas. Não adianta qualquer uma das partes partir para a violência. Existe a rivalidade entre as torcidas, mas todas conhecem bem a nossa maneira de trabalhar. As câmeras do estádio serão utilizadas para flagrar qualquer ato de racismo. Se acontecer, vamos prender os componentes e conduzi-los diretamente ao Juizado Especial Criminal”, explicou o tenente-coronel João Fiorentini.

O comandante do Gepe deixou claro que a organizada Geral do Grêmio costuma causar problemas nos jogos realizados no Rio de Janeiro e sempre preocupa as autoridades. Os componentes da torcida serão especialmente vigiados pela Polícia Militar.

“O problema no caso é sempre a Geral. É uma torcida complicada e rebelde. Vamos focar o nosso trabalho bastante nas atitudes da organizada. Sabemos que os problemas ficam concentrados por ali”, comentou Fiorentini.

Por fim, o coronel confirmou a liberação das faixas para o protesto contra o racismo idealizado pelas organizadas do Flamengo, porém, pediu bom senso em relação ao material utilizado na manifestação.

“O Estatuto do Torcedor não proíbe a questão das faixas. Entretanto, teremos mais de 60 mil pessoas no Maracanã. Não podemos permitir que cada uma delas leve uma faixa. As organizadas estão habituadas com o nosso trabalho e sabemos que tudo vai correr bem. A manifestação contra o racismo vai ocorrer normalmente”, encerrou.

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