PF: ‘Fiz o que pude’, diz pai do menino atacado por tigre

Marcos do Carmo Rocha, 43 anos, pai do menino de 11 anos, que perdeu um braço após ultrapassar a grade de segurança e ser atacado por um tigre em um zoológico de Cascavel (PR), disse que tentou o que pôde para evitar o ataque. Rocha concedeu entrevista ao Fantástico, que foi exibida na noite deste […]

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Marcos do Carmo Rocha, 43 anos, pai do menino de 11 anos, que perdeu um braço após ultrapassar a grade de segurança e ser atacado por um tigre em um zoológico de Cascavel (PR), disse que tentou o que pôde para evitar o ataque. Rocha concedeu entrevista ao Fantástico, que foi exibida na noite deste domingo (3).

“Tentei fazer o que pude pelo meu filho. Eu coloquei a mão na boca, enfiei o dedo no olho no tigre, nos dois olhos dele. E ele não se mexeu. Enfiei o outro. Eu achei que funcionasse e ele nem ligou, o tigre”, diz Rocha.

O homem também afirma que ele e a família têm o costume de ir ao zoológico e que as primeiras palavras do garoto Vrajmany Fernandes Rocha, após o ataque, foram “não mata o tigre”.

“Passear no zoológico é uma coisa comum, e eu e meu filho gostamos dessa natureza”, diz o pai. Rocha conta que, quando vão a restaurantes, por exemplo, os filhos têm o costume de pegar os restos de comida para dar para cachorros e diz que, durante a visita ao zoo, Vrajmany deu ossos de galinha a um leão.

O pai disse que não viu a primeira vez que o menino entrou na área proibida aos visitantes, próxima dos recintos dos animais. Ele só teria visto quando a criança começou a escalar a grade do espaço do tigre. O pai diz ter falado para o garoto parar, mas, segundo o pai, a criança não obedeceu.

A versão do pai contradiz o que ele disse para polícia. Segundo depoimento, Marcos afirmou que dava atenção ao outro filho de 3 anos quando Vrajmany colocou o braço dentro da grade onde estava o animal. O advogado do pai do menino afirma que a responsabilidade é do zoológico, que teria obrigação de proteger os visitantes.

O zoo alega cumprir com todas as normas de segurança e que não há normas que resistam a certas atitudes. A instituição já disse, anteriormente, que está descartada possibilidade de sacrificar o animal.

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