O senador petista Delcídio do Amaral, que concorre ao governo do Estado, contratou um instituto de perícias do Estado para avaliar a gravação feita por uma caneta e publicada na edição desta semana da revista Veja. O resultado que atesta que o vídeo foi editado foi divulgado nesta quinta-feira (7) pela assessoria candidato, citado na gravação.

Segundo o laudo do Instituto de Perícias Científicas de Mato Grosso do Sul, a gravação da conversa entre José Eduardo Barrocas e Bruno Ferreira, funcionários da Petrobas, e uma terceira pessoa, ainda não identificada, foi editada.

O perito Fernando Klein, que assina o laudo, analisou a gravação que tem duração de dois minutos e 40 segundos. De acordo com Klein, não há uma sequência lógica para vincular o senador petista a uma possível orientação repassada aos depoentes da CPI da Petrobras, já que, segundo a perícia, no momento anterior à citação do nome Delcídio na conversa existe uma interrupção de um minuto e 14 segundos na gravação, o que comprova a montagem.

De acordo com o laudo, o uso de arquivo editado pode trazer interpretações erradas em relação ao contexto do diálogo. O perito explicou que do arquivo analisado, separou partes que demonstram a edição da gravação, sendo perceptíveis duas interrupções na sequência das falas.

A primeira delas tem duração de um minuto e 12 segundos, e a segunda com um minuto e 30 segundos. “O uso de palavras separadas de sua sequência original pode trazer interpretação destoante do efetivo contexto em que teriam sido empregadas”, disse o perito.

(matéria alterada às 16h36 para correção de informação)