A OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) afirmou nesta sexta-feira (7) que sua equipe de observadores militares foi impedida, pelo segundo dia consecutivo, de entrar na região autônoma da Crimeia, na Ucrânia.

Na quinta-feira, cerca de 40 militares foram barrados em um posto de fronteira por homens armados. Desta vez, foram 23 os observadores barrados.

Segundo a OSCE, eles retornaram para a localidade de Kherson, onde haviam passado a noite, e vão tentar entrar na Crimeia novamente no sábado (8).

A pedido do novo governo da Ucrânia, um total de 22 países aderidos à OSCE autorizou nesta semana o envio de um total de 41 soldados desarmados para inspecionar a situação na Crimeia.

Entre esses países, se destacam alguns países membros da Otan, como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Turquia, que ofereceram, cada um, o envio de dois soldados.

O mandato deste contingente fica estabelecido no capítulo 3 do chamado “Documento de Viena”, que permite receber de maneira voluntaria visitas “para tratar de atividades militares incomuns”.

Nesta semana, Kiev havia pedido ao restante dos 56 países aderidos à OSCE que enviassem esse pessoal militar ao seu território entre os dias 5 e 12 de março, a começar pela cidade de Odessa.

Na quarta-feira (5), o enviado especial da ONU para a Crimeia teve de dar meia-volta e abortou missão na península ucraniana de língua russa, depois de ter sido retido por algumas horas por milicianos pró-Moscou em Simferopol, capital da Crimeia.