Pela Páscoa, cristãos ignoram a guerra por curto tempo na Síria

O som de batalhas ecoava nos arredores da cidade, enquanto os cristãos de Damasco celebravam o fim de semana de Páscoa, ignorando brevemente o conflito durante o ritual anual. As portas da igreja ortodoxa síria de São Jorge –a apenas alguns minutos a pé de uma escola, onde um ataque de morteiro matou várias crianças […]

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O som de batalhas ecoava nos arredores da cidade, enquanto os cristãos de Damasco celebravam o fim de semana de Páscoa, ignorando brevemente o conflito durante o ritual anual.

As portas da igreja ortodoxa síria de São Jorge –a apenas alguns minutos a pé de uma escola, onde um ataque de morteiro matou várias crianças e feriu dezenas de outras no começo dessa semana– havia incenso queimando enquanto vários homens fardados e armados estavam de patrulha, antes da celebração da noite da Sexta-Feira Santa. Eles estavam rindo e conversando e não verificaram carteiras de identidade ou bolsas quando as pessoas entraram.

Dentro das muralhas da Velha Cidade, onde a igreja está localizada, as ruas de paralelepípedos fervilhavam com pessoas jantando e fazendo compras, uma visão rara que lembrava Damasco antes da guerra.

No entanto, a tradicional procissão, que geralmente tem centenas de fiéis seguindo uma efígie de Jesus na cruz, acompanhada por tambores e uma banda da igreja, foi cancelada.

Cristãos, muitos pertencentes a antigas seitas encontradas apenas na Síria, representam dez por cento da população do país. A maioria teme o poder crescente de grupos islâmicos lutando com o movimento rebelde para derrubar o presidente Bashar al-Assad, embora muitos também estejam desconfiados das autoridades.

Apenas uma pequena porcentagem de cristãos pegou em armas de cada lado de uma guerra civil que contrapõe as minorias, especialmente a seita Alawita de Assad, um ramo do islamismo Xiita, contra a maioria muçulmana Sunita.

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