Pela décima vez só neste ano, jovem passa trote e causa transtorno a empresária na Capital

Há quatro anos a empresária Santana Carvalho convive com visitas frequentes da PM (Polícia Militar) e do Corpo de Bombeiros. O motivo, vários trotes passados por uma jovem apaixonada por um de seus funcionários. Pela décima vez só neste ano, uma UR (Unidade de Resgate) dos bombeiros e uma viatura da PM se deslocaram até a […]

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Há quatro anos a empresária Santana Carvalho convive com visitas frequentes da PM (Polícia Militar) e do Corpo de Bombeiros. O motivo, vários trotes passados por uma jovem apaixonada por um de seus funcionários.

Pela décima vez só neste ano, uma UR (Unidade de Resgate) dos bombeiros e uma viatura da PM se deslocaram até a Conveniência Giba, localizada na Avenida Manoel da Costa Lima, na Vila Piratininga, região sul de Campo Grande, depois de uma ligação que ‘avisava’ sobre um homem ferido com vários tiros de arma de fogo nas costas.

“Estamos conhecidos como pessoas que levam trote e ninguém faz nada, alguns bombeiros, que já são conhecidos nossos, ligam antes de vir aqui para saber se é verdade ou não”, conta a comerciante que já ganhou até o apelido de ‘tia’ pelos militares.

Conforme a empresária, a história começou em 2010, quando o funcionário Alexandre estudava no mesmo colégio que a jovem, Kethin, de 22 anos. “Ele era novo ainda, namorou uma amiga dela e a Kethin quis dar uma de cupido, mas o relacionamento não deu certo e acabou. Porém, ela nunca mais o deixou em paz, não sei por quê”, diz.

Desde então, Alexandre e todos da conveniência sofrem com a perseguição da jovem, que tem uma deficiência física. “Ela aproveita momentos cruciais, o último trote que mobilizou Corpo de Bombeiros, polícia e várias pessoas da imprensa foi no jogo entre o Brasil e a Espanha, na Copa do Mundo”, lembra.

De acordo com a dona da conveniência, sempre que Kethin está por perto todos ficam esperando que algo aconteça. “Ela liga e fica por perto, para ver o que vai acontecer, depois fica ligando aqui no telefone da conveniência e só fala se ele (Alexandre) atender. Teve um dia que ela chegou a ligar 90 vezes, nem atendemos mais, isso está prejudicando nosso trabalho”.

Para tentar frear a jovem já foram registrados seis boletins de ocorrência contra Kethin e sempre que podem registram as visitas das autoridades e mensagens que ela envia. “Falam que ela tem problema psicológico, mas ela sabe muito bem o que está fazendo”, afirma Santana.

Alexandre chegou a ser preso e passou três noites na prisão, após a jovem ligar para a polícia e falar que ele era seu marido e havia a agredido. “Meu filho foi testemunhar a favor dele e agora ela está processando ele. O Alexandre chegou a sair daqui e foi trabalhar em outro lugar e ela fez a mesma coisa lá, o outro patrão que também defendeu ele, está sendo processado igualmente”, diz a comerciante, que a jovem tem processado até os advogados de defesa.

Kethin chegou a ser detida, mas logo foi liberada. “Queremos ajuda. A Justiça precisa fazer alguma coisa. Ela fica fazendo a polícia e os bombeiros se descolarem sem motivo, ocupando o tempo em que eles poderiam estar atendendo casos de verdade”, conclui Santana.

Trote

O trote é crime e está previsto em lei. De acordo com o Código Penal Brasileiro, ele aparece como ‘Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção’ e está no artigo 340:

“Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Com pena – detenção, de um a seis meses, ou multa”.

Preservar

A equipe do Jornal Midiamax preservou a jovem que tem feito os trotes e por isso, apenas foi divulgado o primeiro nome.

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