Para turbinar inovação, empresa implanta apps até para pedir cafezinho

Para evitar reuniões interrompidas e aproveitar que os funcionários já não desgrudavam os olhos de seus smartphones, uma empresa de finanças em São Paulo criou um aplicativo apenas para realizar pedidos de cafezinho. “Com dois cliques, você já consegue pedir o seu café, sua água e tem opções de chá”, diz Rodrigo Del Claro, diretor de marketing e inovação da Omni. A ideia surgiu quando a empresa decidiu criar uma área de inovação, mas não sabia como motivar os funcionários a pensar fora da caixa. Nem sabia como poderia mostrar que esse não era assunto apenas para “gênios”.

“Quando se fala em inovação, você pensa em grandes inovações, coisas ‘disruptivas’ e não é o caso”, diz. Na empresa, o objetivo é que todos os processos, inclusive os pequenos como pedir cafezinho, sejam transformados.

Inovação ‘contagiante’

A criação do app no meio de setembro acompanhou a criação de uma área de inovação dentro da empresa, lançada oficialmente nesta semana. “Queria trazer um grande pensador de inovação para falar. Mas eu disse, ‘Gente, não vou trazer ninguém; vou levar a copeira e ela, melhor do que ninguém, vai explicar para todo mundo que o processo de inovação pode ser feito”, brincou o executivo.

O CaféOmni é apenas o primeiro de uma série de apps que a empresa implantará internamente para conectar e integrar seus funcionários por meio do celular. São oito os apps em desenvolvimento, cinco deles voltados para os clientes da companhia.

Até o fim do mês, os mais de 340 empregados da empresa começarão a usar o “Funcionários Omni”, que permitirá a conferência de holerites e os pedidos de reembolso –feitos com o envio da foto do recibo do serviço. Em breve, chegarão ao app as solicitações de férias. Além disso, avisará quem são os aniversariantes do dia, para que os funcionários os parabenizem. Dentro do próprio app.

Os outros aplicativos são para ampliar os canais de contato com a clientela. Como a empresa oferece financiamento para diversas operações, desde compra de veículos novos e usados à aquisição de eletroeletrônicos, cada um dos negócio terá seu app próprio.

“O que eu quero é que as pessoas se contagiem”, resume o executivo. “Óbvio que se eu tiver uma ideia de um super cartão de crédito que faz uma coisa diferente dos grandes bancos, é legal. Vai trazer dinheiro, mas quantas ideias como essa vamos ter por ano?”, questiona.