O Flamengo, mais uma vez, aposta todas as suas fichas na força da torcida para aliviar a pressão no Campeonato Brasileiro. Após vencer o Botafogo no Maracanã e respirar na estreia de Vanderlei Luxemburgo, o Rubro-Negro revê o estádio como um trunfo para abandonar a lanterna da competição. A missão deste domingo (10), às 15 horas, será contra o Sport.

A expectativa é de casa cheia para o duelo pela 14ª rodada do Brasileirão. Com apenas dez pontos, o clube da Gávea também precisa mostrar bom futebol para superar um Sport que surpreende neste início de campanha. Apesar da derrota na última rodada para o Figueirense, os pernambucanos somam 21 pontos e brigam por aproximação ao G-4.

Principal responsável por tentar aproximar torcida de time em momento difícil no Brasileiro, Luxemburgo reforça a necessidade de apoio. O treinador destaca a importância de um bom desempenho nos jogos em casa para afastar o clube da degola até o final do campeonato.

“A torcida sabe da necessidade e vai abraçar o time. Quero 60 mil no Maracanã. Com eles, vamos sair dessa. Temos 50% dos pontos e se ganharmos domingo aumenta esse percentual. Nossa competição é diferente da dos outros. Se ganharmos todos os jogos em casa ficamos fora da confusão”, apontou Luxa.

A diretoria rubro-negra mantém estratégia de cobrar ingressos mais baratos e confia que a expectativa da presença de público apontada pelo treinador seja confirmada nas arquibancadas. O bilhete mais barato custa R$ 40 (R$ 20 meia) e o rubro-negro integrante do programa de sócio-torcedor pode adquirir entradas até pelo valor de R$ 10.

Dentro de campo, as apostas de Luxemburgo são Luiz Antônio e Paulinho, que entram como titulares. O comandante rubro-negro pede calma à torcida se algo der errado durante a partida.”Não adianta se voltar contra o time por causa de um passe errado. Vai ter que ser mais no sentido de ajudar o time. Se a torcida se voltar contra a gente, estamos roubados”, afirmou.

É nessa necessidade, quase uma obrigação, que o Flamengo tem de reagir que o Sport se baseia. O plano é aproveitar possíveis brechas dadas a partir da busca desorganizada do adversário pela vitória. O revés por 3 a 0 diante do Figueirense é lembrado pelos pernambucanos como exemplo que não deve ser repetido.

“Vamos mudar um pouco a postura em relação ao jogo contra o Figueirense. Quero uma marcação mais adiantada. Também quero agredir. Armamos situações para criar jogadas. O Flamengo estará no campo deles e vem para cima. Temos que ter a posse de bola e jogar para sofrer menos pressão”, ensinou o treinador Eduardo Baptista.