Em sua estreia pelo Palmeiras, Lúcio não deu as arrancadas ao ataque, característica sua e uma das principais críticas que recebeu no São Paulo. Mas, diferentemente do que ocorreu no rival, o zagueiro terá liberdade para avançar. Gilson Kleina armou um esquema para proteger o time caso o veterano opte por se lançar à frente.

“Por característica, o Lúcio tem essa arrancada com a bola pelo lado direito e conversamos com quem está do lado dele para entender. Se acontecesse contra o Comercial, faríamos um balanço com o Marcelo Oliveira para não ficarmos expostos”, contou o treinador.

A ideia é que um volante se torne zagueiro caso o camisa 33 avance, como já acontece com Henrique, que sobe e algum lateral fica na defesa. Mas, nessa quinta-feira, tanto Henrique quanto Lúcio só foram à frente em jogadas de bola parada, contrariando os comentários nas redes sociais de que o Verdão teria uma “zaga ofensiva”.

Mesmo nos treinamentos, os dois têm se contido. O que se enxerga é Henrique entendendo a adaptação do veterano e, ao mesmo tempo, uma lição aprendida por Lúcio, que foi afastado no São Paulo e impedido até de treinar nas dependências do clube após discutir com Paulo Autuori, contrário às suas constantes aparições na frente sem deixar proteção na retaguarda.O esquema para o pentacampeão subir só prova o ambiente diferente que Lúcio vive, como Henrique, capitão que se manteve com a camisa 33 mesmo após a contratação do renomado reforço, garantiu. “Foi bom o meu primeiro jogo com o Lúcio. Estamos marcando, um ajudando o outro. Ele estava parado, mas conseguimos nos portar bem”, celebrou o zagueiro.

Lúcio só recebeu elogios por sua estreia. “Foi um jogo complicado, com muita movimentação do adversário na frente para abrir espaço nas costas, e o Lúcio esteve bem posicionado”, comentou Fernando Prass. “O Lúcio foi muito bem, seguro, como queríamos. Convenceu e vencemos”, aprovou Kleina.