Pais e alunos reclamam de ‘maquiagem’ em escola estadual reinaugurada pelo governador

Pais e alunos da Escola Estadual Professora Brasilina Ferraz Mantero, no Jardim Leblon, região sudoeste de Campo Grande, reclamam de uma reforma no prédio entregue recentemente pelo governador André Puccinelli. Eles afirmam que foi feita apenas ‘maquiagem’ e pontos críticos, como a cobertura da quadra esportiva, ficaram de fora. Segundo um estudante, que preferiu não […]

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Pais e alunos da Escola Estadual Professora Brasilina Ferraz Mantero, no Jardim Leblon, região sudoeste de Campo Grande, reclamam de uma reforma no prédio entregue recentemente pelo governador André Puccinelli. Eles afirmam que foi feita apenas ‘maquiagem’ e pontos críticos, como a cobertura da quadra esportiva, ficaram de fora.

Segundo um estudante, que preferiu não se identificar, o governador André Puccinelli fez a reinauguração da escola sem ter concluído a construção da cobertura da quadra e com outras partes do prédio em péssimas condições.

O adolescente de 15 anos disse que a reforma foi apenas uma “maquiagem” na estrutura do prédio com a pintura. “Se olharmos direitinho vamos observar que apenas a pintura foi feita porque a quadra que precisava realmente de um reparo não foi feito”, relata.

O estudante também disse que além da falta de cobertura, a quadra está cheia de entulhos, sujeira e formigueiros. “A situação lá está bastante complicada, porque com esse sol forte não podemos fazer as atividades físicas e além da sujeira e a quantidade de formigas nos impedem de ir para lá”, diz o garoto.

A mãe de um dos alunos, que não quis ser identificada, disse que é uma vergonha o governo inaugurar uma escola e não construir o que realmente é preciso ser feito. “Tenho dois filhos que estudam lá, um de 13 e outro de 14 anos, e a reclamação é a mesma que não podem usar a quadra porque está em péssimas condições”, conta.

Segundo alguns pais, até o muro foi reformado pela metade. “É só observar nos fundos da escola o muro foi pintado até na divisão que começa a quadra. Eles não tiveram nem capacidade de pintá-lo por inteiro e fechar os buracos que estão nele”, diz um pai.

Outra adolescente disse que na última semana um estudante chegou a passar mal durante atividade na quadra e teve de ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “O menino estava na quadra e não vi o que aconteceu com ele, só percebi depois de ver a movimentação e ver o pessoal do Samu chegando para atendê-lo”, afirma.

A direção da escola foi procurada, mas o diretor estava em uma reunião na Secretaria de Estado de Educação e a coordenadora tinha ido acompanhar o aluno que teve um mal-estar.

De acordo com a assessoria do governo, as obras que foram feitas na escola por intermédio de um acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e não contemplava a construção da cobertura da quadra.

Ainda segundo a assessoria, desde a semana passada a quadra escolar já está em obras, por isso a quantidade de terra que se encontra no local. A obra está em fase de fundação, mas a data de conclusão não foi definida.

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