Pais de bebê que morreu logo após o parto entrarão com ação contra o Hospital Regional

Júlio César Ramires dos Santos, 37 anos de idade e sua mulher Liane Botelho Moura, de 36 anos, pais do bebê Júlio César que morreu logo após ter nascido, no dia 10 de abril, anunciaram nesta quinta-feira (8) que entrarão com ação para responsabilizar a fundação que administra o Hospital Regional. Com o acompanhamento da […]

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Júlio César Ramires dos Santos, 37 anos de idade e sua mulher Liane Botelho Moura, de 36 anos, pais do bebê Júlio César que morreu logo após ter nascido, no dia 10 de abril, anunciaram nesta quinta-feira (8) que entrarão com ação para responsabilizar a fundação que administra o Hospital Regional.

Com o acompanhamento da Associação de Vítimas de Erros Médicos e do advogado Carlos Roberto de Souza Amaro, os pais afirmam que estão tomando esta atitude para evitar que casos semelhantes se repitam e que também para que o caso seja apurado com exatidão.

“Apenas ontem (quarta-feira) fui ver o meu filho. Fiquei sabendo o que estava acontecendo pela imprensa porque ninguém do hospital explicou nada. Como pai, quero saber o que aconteceu”, afirmou Júlio César.

Por seu turno, a mãe fez algumas denúncias quanto ao atendimento que recebeu antes mesmo do parto. “Fiquei sem me alimentar desde a manhã. Às 10 horas me levaram para o setor de cirurgia, mas o parto somente foi acontecer às 22 horas. Depois fui levada para a sala de recuperação e ainda sob o efeito da anestesia levaram o meu filho para mamar. Nem mesmo a grade da cama eles levantaram para dar maior segurança. A enfermeira me deixou sozinha com o bebê, pois disse que tinha passado creme no cabelo e tinha primeiro que tomar banho para depois então vir nos atender”, relata Liane.

Ela disse ainda que em virtude da anestesia reclamou que estava com câimbra e o braço formigando,isto já por volta da 1 hora. “A enfermeira depois que voltou disse que era normal. Depois então ele já pegou o meu filho e saiu desesperada procurando ajuda dos colegas dela, porque viu que ele já estava com problema”, concluiu. No atestado de óbito da criança está anotado “indeterminada”, como a causa da morte.

Por seu turno, o advogado Carlos Alberto de Souza Amaro afirmou que ainda aguarda o laudo final que deverá ser liberado pelo Imol-Instituto Médico Odontológico Legal- no prazo de 30 dias. As hipóteses é que a morte tenha acontecido por afogamento com o leite materno ou mesmo por asfixia, com o bebê ficando acidentalmente sob o corpo da mãe. “Em qualquer dos casos cabe a ação pois fica comprovado o mau atendimento por parte do hospital”
“Poderíamos pedir uma tutela antecipada para a cobertura de tratamento psicológico para os pais mas decidimos esperar pelo laudo da necropsia para melhor fundamentar a nossa ação. Podemos afirmar que a ação será por danos morais e danos psicológicos.Não dá para especificarmos valores pois isso quem decide é o judiciário”, afirmou o advogado.

Ele disse também que tem acompanhado muitos casos de erros médicos e que tem observado que isto está sendo recorrente não apenas no Estado mas também no País, de uma forma geral. “O Ministério Público certamente já está em alerta, e certamente vai providenciar uma maior fiscalização para diminuir casos desta natureza”, concluiu o advogado.

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