Padrasto que agrediu e matou criança afirma que sentia ‘mal-estar na cabeça’

Fernando Floriano Duarte, de 33 anos, e o enteado de 6 anos, vítima de agressão física pelo padrasto, foram ouvidos novamente pela delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Eles prestaram depoimento na tarde desta sexta-feira (19). De acordo com a delegada, o […]

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De acordo com a delegada, o menino deu detalhes de como as agressões ocorreram. Ele disse que brincava com os primos quando Fernando chegou e ordenou que ele e a menina, de 2 anos e meio de idade, entrassem na casa. Assim que eles entraram, o padrasto disse para o menino ir para o quarto e ficou na sala com a bebê.

O garoto afirmou que ouviu a irmã chorando e acredita que Fernando estava batendo nela. Ele disse que saiu do quarto para ver o que estava acontecendo e também foi agredido. O menino ainda revelou que foi puxado pelo braço e agredido com um soco no rosto e que o padrasto jogou a menina em cima dele, momento em que o garoto ficou com uma lesão na boca.

Em depoimento, o menino também disse que Fernando já tinha ingerido bebida alcoólica antes de chegar em casa e que, após as agressões, saiu e foi beber novamente. O padrasto, que também foi ouvido pela delegada, disse que sentia que estava com problemas psicológicos e chegou a afirmar que “sentia mal-estar na cabeça” e que pretendia procurar um psiquiatra. Ele confirmou as agressões aos enteados, mas negou o abuso sexual à menina.

A delegada Regina analisou fotografias da bebê e afirmou para a equipe de reportagem do Midiamax que a menina tinha vários hematomas nos olhos. Além disso, ela sofreu traumatismo e afundamento do crânio. A Polícia Civil agora aguarda o laudo do exame necroscópico que deve sair ainda na tarde desta sexta-feira. Os exames revelarão se a menina sofreu abuso sexual.

A mãe das crianças também foi até a Depca e estava sob efeito de remédios e muito abalada com a situação. Segundo a delegada Regina, a mulher afirmou que Fernando era um bom pai e padrasto e que nunca teve atitude violenta com os filhos ou enteados. Ele responderá pelos crimes de homicídio doloso, quando há intenção de matar, além de lesão corporal dolosa, com intenção de ferir, qualificada por violência doméstica.

Assim que sair da delegacia, Fernando será encaminhado para o Presídio de Trânsito de Campo Grande.

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