Operários da construção civil fazem protesto por melhores salários e obras ficam paradas na Capital

Mais de 200 trabalhadores da construção civil paralisaram nesta sexta-feira (4) os trabalhos nas obras da MRV, como protesto por melhoras salariais. Os operários cruzaram os braços protestando contra a empresa que há três meses não efetua o pagamento da produção aos empregados. As obras da MRV na Avenida Interlagos, região do Pioneiros, em Campo […]

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Mais de 200 trabalhadores da construção civil paralisaram nesta sexta-feira (4) os trabalhos nas obras da MRV, como protesto por melhoras salariais. Os operários cruzaram os braços protestando contra a empresa que há três meses não efetua o pagamento da produção aos empregados.

As obras da MRV na Avenida Interlagos, região do Pioneiros, em Campo Grande, os trabalhadores decidiram fazer uma manifestação cobrando da empresa que a produção aumente e que a cesta básica não seja descontada, além de pedirem ajuste salarial.

De acordo com o presidente da Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto, os operários pedem 30% de reajuste para os pisos salariais das diversas categorias do setor e 15% para quem ganha cima do piso.

Abelha disse que a proposta foi enviada classe patronal em fevereiro, mas que até agora não foi atendida. Segundo o presidente, as manifestações vão continuar em vários canteiros de obras e estimular os operários a engajarem na luta e, caso necessário, realizarem uma greve.

Para o pintor Rodrigo Foutoura, 20 anos, o salário que ele recebeu é um absurdo e não tem como uma pessoa sobreviver com o valor. Ele explica que o valor da produção, que tem que ser pago a mais, tem sido descontado de cada trabalhador. “É um desrespeito com a gente eles prometem uma coisa e fazem outra. Olha aqui meu holerite do mês passado de R$ 390, é um absurdo”, critica.

Os trabalhadores reclamam que a empresa teria que pagar a produção, além do salário de cada categoria e não descontar do pagamento de cada um. “Eles estão descontando tudo, invés de pagarem o que nós trabalhamos estão descontando. Desse jeito estamos pagando para trabalhar”, reclama.

Segundo Abelha, a manifestação continuará no decorrer do dia até a empresa negociar com os trabalhadores. Enquanto isso a obra ficará paralisada.

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