A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu intensificar as ações de treinamento dos profissionais que trabalham em comunidades atingidas pela epidemia de ebola na África Ocidental, principalmente na Guiné-Conacri. Em comunicado, a OMS informou que está sendo iniciada hoje (10) a primeira sessão de formação para 70 pessoas em Conacri, capital do país.

Os estagiários vão trabalhar nas comunidades atingidas pelo vírus ebola, para acompanhar as pessoas que estiveram em contato com pacientes infectados. As formações sobre o controle das infeções começaram terça-feira (8) no Hospital Donka e deverão ser ampliadas a outros centros médicos nos próximos dias.

Ao mesmo tempo, a OMS está preparando um centro operacional no Ministério da Saúde guineense para coordenar todas as atividades relacionadas com a detecção da doença, investigação, o transporte e a hospitalização.

De acordo com o mais recente balanço, 157 pessoas contraíram o vírus e 101 morreram. Análises laboratoriais confirmaram, até o momento, 66 casos suspeitos na Guiné-Conacri. A OMS dispõe de um efetivo de mais de 50 pessoas no local, em apoio ao Ministério da Saúde guineense e outros parceiros.

A febre do ebola, cuja taxa de mortalidade pode chegar a 90%, é uma doença viral grave, que se traduz em febres altas, dores violentas, naúseas, vómitos e hemorragias. Não existe vacina ou tratamento.

Os doentes têm de ser reidratados e, até agora, oito pessoas foram curadas no país.