As obras de revitalização da Avenida Júlio de Castilhos devem ser oficialmente concluídas nos próximos 45 dias. A Prefeitura de Campo Grande já sabe, no entanto, que a conclusão do projeto iniciado em agosto de 2011 ainda deixará motivos para muitas reclamações por parte de moradores e comerciantes.

A estimativa sobre o final das obras na Júlio de Castilhos foi dada hoje pelo secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz. Ele já espera que, mesmo após concluído, o projeto de revitalização ainda gere polêmicas.

Uma delas é sobre o estacionamento. Na avaliação de Ferraz, os veículos deveriam ser proibidos de estacionar ao longo da via, mas os comerciantes diziam que esta restrição afetaria o fluxo de clientes.

Para o secretário, o efeito será o contrário. “O estacionamento liberado vai estrangular a via e obrigar os motoristas a procurar outras rotas, como pela Duque de Caxias. Isso vai impactar no comércio”, avalia.

O término oficial das obras depende ainda da conclusão de uma ponte na região do bairro Sayonara, além do recapeamento de algumas alças de acesso à via. Ao todo, os custos do projeto de revitalização da Avenida Júlio de Castilhos chegam a  R$ 18 milhões.

Ferraz não esconde que considera as obras da Júlio de Castilhos uma herança incômoda da gestão anterior. Ele diz que o projeto, “um exemplo de como não se fazer uma obra”, não merece uma solenidade oficial de entrega.