Os presidentes da França, François Hollande, e dos Estados Unidos, Barack Obama, pediram neste sábado que a Rússia aceita uma mediação que tire a Ucrânia da crise na qual se encontra, com a perspectiva, se não houver avanços, de adotar medidas que “afetariam” a relação com Moscou.

Os dois líderes dialogaram hoje por telefone sobre a situação na Ucrânia, afirmou o Palácio do Eliseu em comunicado.

“Nas graves circunstâncias atuais, (Obama e Hollande) sublinharam a importância para a Rússia de aceitar rapidamente a formação de um grupo de contato permanente para estabelecer o diálogo entre Ucrânia e Rússia”, destaca a nota da presidência francesa.

O objetivo desse grupo seria favorecer uma saída pacífica da crise e “restaurar plenamente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”.

Os dois presidentes reiteraram a “ausência total de base legal do projeto de referendo” previsto para o próximo dia 16 na Crimeia, ao mesmo tempo em que pediram a Moscou que retire suas tropas desse território e que permita o envio de observadores internacionais.

Se estas medidas não forem aceitas, Hollande e Obama ameaçaram com “novas medidas que afetarão sensivelmente as relações entre a comunidade internacional e a Rússia”.

Além disso, reforçaram seu apoio às novas autoridades da Ucrânia e à preparação, sob controle internacional e com a maior transparência, das eleições presidenciais do próximo dia 25 de maio.