OAB e sociedade civil fazem ato contra prisão de ativistas no Rio

Com plenário lotado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e organizações sociais fazem hoje (22) ato em defesa do Estado Democrático de Direito e contra a prisão de ativistas no Rio de Janeiro. A Justiça determinou a prisão de 23 pessoas por participação em atos violentos, com base em investigação da Operação FireWall, da […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Com plenário lotado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e organizações sociais fazem hoje (22) ato em defesa do Estado Democrático de Direito e contra a prisão de ativistas no Rio de Janeiro. A Justiça determinou a prisão de 23 pessoas por participação em atos violentos, com base em investigação da Operação FireWall, da Polícia Civil.

O ato dará origem a um manifesto que será entregue a autoridades no Brasil e a entidades de defesa de direitos humanos como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Advogados, ativistas, intelectuais, parlamentares, magistrados, jornalistas e parentes de presos políticos do regime militar e daqueles que estão presos participam do protesto, na sede da OAB no Rio, no centro da cidade.

Durante a abertura, o vice-presidente da OAB no Rio de Janeiro, Ronaldo Cramer, destacou uma série de direitos violados no curso do processo contra os ativistas. Em especial, em relação à defesa. “São advogados com dificuldade de acesso aos autos, de falar com magistrados, de saber quais são as provas contra seus clientes”, destacou. Advogado de ativistas inidiciados, dos quais três permanecem presos, Marino D’Icarahy voltou a denunciar, durante o ato, que nao teve acesso aos autos. “Estou com colegas no fórum há dias e não consegui fazer cópias do processo para analisar as provas contra cada um”, informou.

A presidenta da Comissao Estadual da Verdade, Nadine Borges, criticou o vazamento de informações do processo para a imprensa. “O desembargo Siro Darlan [que concedeu habbeas corpus a ativistas na sexta-feira] não teve acesso aos autos e concedeu o habbeas corpus – direito fundamental que só ditadura negou. Poucas horas depois o Ministerio Publico [Estadual] denuncia as mesmas pessoas e a Justiça concede ordem de prisão. Ao mesmo tempo a imprensa divulgou tudo, nome e dados dos acusados, informacoes que nenhum advogado, juiz e desembargado teve acesso.”

Às 17h, está prevista uma manifestação em frente ao Tribunal de Justica do Rio.

Conteúdos relacionados