Provável destino do atacante Hernane, o Shanghai Shenhua foi notícia recentemente. O nome do clube foi escutado no Brasil pela primeira vez quando Júnior Baiano, outro ídolo do Flamengo, se transferiu no início dos anos 2000. Mas os holofotes do mundo estiveram lá entre 2012 e 2013. O time chinês acertou com os atacantes Didier Drogba e Nicolas Anelka, só que depois ambos saíram porque os chineses não cumpriram os contratos.

O clube foi fundado em 1951 e se profissionalizou em 1993. Dois anos depois já levou o Campeonato Chinês. O Shanghai ainda conquistou outros títulos, mas a Liga de 2003 trouxe polêmica. O time foi campeão em campo, mas em 2011 foram descobertas manipulações de resultados, e a equipe perdeu o troféu. De lá para cá, jejum.

Em 2007 chegaram os investimentos. O empresário Zhu Jun, que era dono do rival Shanghai United, comprou o Shenhua e fundiu os dois, mantendo o nome da equipe adquirida. Logo chegaram Osvaldo Giménez, que havia trabalhado muito tempo na seleção uruguaia, e o antigo diretor técnico do PSV Stan Valckx. Os resultados não vieram.

O auge foi a partir de 2012. Logo no início chegou Anelka, e no meio, Drogba. O marfinense vinha como o herói da então recente conquista da Liga dos Campeões com a camisa do Chelsea. O francês recebia R$ 681 mil por semana, enquanto o marfinense levava R$ 802 mil. Os investimentos chegaram aos R$ 200 milhões, tendo ainda o técnico Sergio Batista, ex-Argentina, no comando.

Mas tudo começou a desmoronar. O time ficou em nono no Campeonato Chinês, os outros acionistas quiseram sair, e o dinheiro parou de ser investido. Drogba e Anelka acabaram rescindindo por não verem os acordos serem cumpridos e o dinheiro não entrando na conta. O clube foi até multado e perdeu seis pontos na temporada seguinte.

A esperança de um futuro melhor surgiu no fim de janeiro deste ano. Zhu Jun acabou vendendo o clube para o grupo Greenland. Este conglomerado acaba de investir R$ 4,6 bilhões em empreendimentos em Londres, agora dá o nome ao Shanghai, e já acertou com o brasileiro Paulo André, ex-Corinthians. O outro destaque, que é remanescente da era Drogba, é o colombiano Giovanni Moreno. Já entre os chineses, nenhum faz parte da atual seleção.