No horário nobre da TV, campo-grandense Anita Amizo fala sobre carreira de atriz

A campo-grandense Anita Amizo, 30 anos, teve que se reinventar várias vezes até chegar ao horário nobre da TV. Fazendo a personagem Samara, do episódio “A Mulher Encurvada”, da minissérie “Milagres de Jesus”, da TV Record, a atriz conta que não é fácil construir uma carreira sólida. Há dez anos ela deixou Campo Grande para […]

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A campo-grandense Anita Amizo, 30 anos, teve que se reinventar várias vezes até chegar ao horário nobre da TV. Fazendo a personagem Samara, do episódio “A Mulher Encurvada”, da minissérie “Milagres de Jesus”, da TV Record, a atriz conta que não é fácil construir uma carreira sólida.

Há dez anos ela deixou Campo Grande para estudar no Rio de Janeiro. Fez teatro na Casa das Artes de Laranjeiras, a CAL, e dali várias participações em projetos da rede Globo. “Malhação”, “Linha Direta”, “O Clone” e “Pé na Jaca” foram alguns dos projetos que atuou.

Quando foi em 2009 participou da seleção para trabalhar em “O Doce Veneno do Escorpião”, filme que contou a história de Bruna Surfistinha. Foram 2,5 mil candidatas e Amizo ficou entre as cinco primeiras colocadas. Mas acabou não sendo selecionada e decidiu voltar para Campo Grande.

Na terra natal, deu aulas de teatro, no José Octávio Guizzo, e trouxe uma técnica até então não praticada por essas bandas: o método naturalista. “É uma arte de interpretar sem interpretar. É o mais natural possível. Não se usa tom declamativo ou poético. É completamente nu, sem máscaras teatrais”, explica.

O projeto foi um sucesso. No final do curso  30 alunos fizeram uma peça como resultado do trabalho. “Deu supercerto. O resultado ficou muito bacana”, relembra.

Em seguida emendou novos trabalhos. Foi para o Mercado Cênico e com eles saiu pelas estradas com as peças “Incontornáveis” e “Paredes Revisitadas”.

Não deu muito tempo, em 2010, foi convidada para trabalhar no elenco da novela teen “Rebeldes”, e voltou para o Rio de Janeiro. O trabalho que começou devagar lhe rendeu um contrato fixo. “Comecei no elenco de apoio. Fui para o fixo e depois para o elenco da Casa. Fiquei como fixa até vencer o contrato e agora me recontrataram para fazer a minissérie”, diz.

Satisfeita com os resultados que vem colhendo, ela conta que não é fácil ser atriz e muito menos sonhar com a fama. Para chegar onde está foi e voltou várias vezes, porque lembra, nem sempre o talento é determinante em uma escolha de um papel. “Vi muita gente talentosa que acabou desistindo. Não foi um ou dois que vi desistir. É muito difícil. Além de talento é preciso estabelecer uma boa rede de contatos”, ensina.

Em uma das voltas para Campo Grande participou de um projeto do Fundo de Incentivo a Cultura (FIC) que levava o teatro às escolas públicas. A experiência, revela, foi maravilhosa. Pois além de fazer o que mais gosta, tinha o reconhecimento, na sua terra, do trabalho que vinha desenvolvendo. “Quando eu entrava em cena as crianças me reconheciam e começavam a gritar: professora Bruna, que era o papel que eu fazia em Rebeldes. Aí no final eles faziam fila para me abraçar, me beijar. Pedir autógrafo. Alguns queriam até que eu beijasse a mão deles para ficar a marca do meu batom”, lembra emocionada.

“Esta resposta do público é o mais precioso para o ator. Não digo nem o prestigio de trabalhar na empresa x ou y, mas o reconhecimento das pessoas”, emenda.

Sobre novos projetos, conta que ainda está focada em “Milagres de Jesus”, já que a minissérie tem 18 capítulos e até o momento apenas oito foram gravados. Mas, alguém duvida que vai ver Anita muitas vezes ainda na telinha da TV?

 

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