No Dia Mundial Sem Carro, ciclistas trocam capacete por melancia para chamar a atenção

Ciclistas de Campo Grande pegaram carona na ideia surgida na Europa e, nesta segunda-feira (22), Dia Mundial Sem Carro, resolveram aparecer, literalmente, no trânsito: colocaram melancias na cabeça e saíram por ruas centrais da cidade. O objetivo, segundo organizadores, é mesmo chamar a atenção por onde passam.

“Os motoristas acham que o ciclista é invisível. Quando não é isso, buzinam, querem que a gente saia da frente”, observa Elijane Coelho, uma das organizadoras e participantes do Dia Mundial Sem Carro em Campo Grande.

O problema da falta de visibilidade em relação aos ciclistas no trânsito começa já na formação. Elijane lembra que, nos exames práticos do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), por exemplo, não há ciclovia inserida no roteiro.

Do local da concentração, o grupo de ciclistas sairia pelas ruas centrais da cidade, até retornarem à Afonso Pena e, depois, seguirem pela avenida até as proximidades do Shopping Campo Grande.

Além de chamar a atenção, quem convive com as bikes garante que vale a pena. O empresário Cledemir Bambokian, 40 anos, está na movimentação do Dia Mundial Sem Carro e comemora a mudança na rotina: ele diz ter comprado uma bicicleta há  oito meses, passando a ir ao trabalho com ela, percurso de seis quilômetros. “Durmo melhor, me sinto melhor, com mais disposição”, diz ele.

Atualmente, em Campo Grande, há 90 quilômetros de ciclovias. Mais um trecho, de oito quilômetros, deve ser implantado nos próximos meses, na Avenida Guaicurus.

O Dia Mundial Sem Carro foi criado na França, em 1997. De lá para cá, o movimento espalhou-se pelo mundo.

Na Europa, é também chamada de Semana Europeia da Mobilidade. O objetivo é incentivar o uso de meios alternativos de transporte, visando reduzir o número de veículos no trânsito.