No dia de prevenção e combate à hipertensão, jogadores vestem a camisa 12 por 8

No Dia Nacional de Prevenção e Combante à Hipertensão, que se comemora hoje (26), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) contou com a participação de quatro jogadores do Clube Atlético Mineiro para lançar a campanha Eu Sou 12 por 8, com o objetivo de chamar a atenção da população sobre a importância do controle da […]

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No Dia Nacional de Prevenção e Combante à Hipertensão, que se comemora hoje (26), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) contou com a participação de quatro jogadores do Clube Atlético Mineiro para lançar a campanha Eu Sou 12 por 8, com o objetivo de chamar a atenção da população sobre a importância do controle da pressão arterial, para evitar as doenças do coração que, no Brasil, matam cerca de 344 mil pessoas por ano. A campanha é uma parceria com as sociedades brasileiras de Hipertensão (SBH) e de Nefrologia (SBF).

O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Costa Magalhães, informou que mais de 20 milhões de brasileiros têm hipertensão arterial, mas menos de 20% mantêm a pressão controlada. “A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco cardiovascular. Então, se a gente chamar a atenção para um mal que muitas pessoas têm e não sabem que têm, e os que têm não estão tratando de maneira adequada, isso mitiga os fatores de risco que são uma evolução para um futuro derrame cerebral, um infarto do miocárdio, ou uma miocardiopatia, que resulta de anos de uma hipertensão mal controlada”.

A ausência de sintomas como tontura, dor de cabeça e cansaço leva as pessoas, de modo geral, a não cuidar de sua pressão arterial, indicou o cardiologista. “A grande maioria não sente nada, acha que está tudo bem porque não tem nenhuma queixa, não mede pressão”.

Magalhães destacou que o acesso à informação sobre hipertensão é muito facilitado hoje e o custo do tratamento é bastante reduzido graças ao Programa Farmácia Popular, que distribui remédios gratuitos para o combate à doença. Esses dois fatores fazem com que as pessoas possam se beneficiar de um tratamento “relativamente eficaz e de custo zero”.

Neste ano da Copa do Mundo de Futebol, cuja abertura ocorrerá no dia 12 de junho, a campanha contou com a adesão de quatro jogadores do Atlético Mineiro – Ronaldo Gaúcho, Jô, Victor e Diego Tardelli que, voluntariamente, vestiram a camisa de luta contra a hipertensão, convidando a população brasileira a integrar a seleção verde e amarela Eu Sou 12 por 8”.

Carlos Magalhães salientou que a adesão dos jogadores tem um impacto grande na população em geral, ainda mais em ano de Copa. “Esses jogadores fizeram a sua participação espontânea, voluntária. Aderiram à campanha”. Ele explicou que já é uma prática da SBC procurar chamar a atenção para os fatores de risco da doença utilizando figuras públicas, conhecidas, que estão no dia a dia do povo. “Isso tem um benefício grande, porque chama a atenção de pessoas jovens que já podem ter sinais de uma hipertensão arterial. Um jogador de futebol que adere a uma campanha como essa merece todo o nosso elogio. Foi uma grande contribuição ter os quatro jogadores que se prontificaram a fazer parte da campanha”.

Magalhães falou também sobre a importância de manter um estilo de vida saudável para reduzir os riscos futuros da hipertensão. São as medidas não medicamentosas, que integram a primeira fase do tratamento da hipertensão. Essas medidas incluem a redução do sal na alimentação, a diminuição do peso e a realização de atividades físicas. “Só com essas três medidas muitas pessoas conseguem normalizar a pressão arterial. E muitas delas, às vezes, sem necessidade de uso de medicamentos”.

Ele advertiu que embora haja um consenso sobre os valores de pressão arterial 12 por 8 serem considerados muito bons, não significa que são o ideal para todas as pessoas, já que fatores como a idade e o peso, por exemplo, variam e com eles também pode variar o valor ideal da pressão para cada indivíduo. Magalhães explicou, entretanto, que como se tratam de números conhecidos, a meta é ampliar a informação para a população. “A gente considera que 12 por 8 seria uma pressão muito boa para a grande maioria das pessoas, salvo alguns casos específicos, que o médico vai orientar qual é o melhor valor”.

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