No centro de Campo Grande, lojistas querem recuperar prejuízo deixado com a Copa

Os lojistas da área central de Campo Grande esperam recuperar o prejuízo deixado nas vendas depois do encerramento da Copa do Mundo no País. De acordo com um gerente de uma grande loja de departamentos, que prefere não se identificar, a Copa não trouxe benefícios para o Brasil e acredita que agora as vendas voltem a ter impulso.

Segundo o gerente, somando todas as dispensas em dias de jogo, foram dois dias de serviço com as portas fechadas e sem vender. “Foram 16 horas que ficamos com as portas fechadas, um prejuízo que ainda não calculamos o valor exato, mas acredito que ficou em torno de 20%”, revela.

Para Anderson Brito, de 21 anos, somente agora o Brasil começa a voltar à normalidade e a população focar no trabalho. “Agora o Brasil volta ao normal e estamos na expectativa que as vendas do comércio melhorem”, relata.

Brito disse que logo após a derrota do Brasil para a Alemanha as lojas começaram a liquidar os produtos para eliminar o estoque feito durante a Copa. “Já estamos fazendo promoções para vender o estoque e tentar driblar o prejuízo que levamos durante o Mundial”, diz.

Outra que também comemora o término da Copa do Mundo é a vendedora Rosilene Aparecida da Costa, de 26 anos, que diz que agora o jeito é apelar para as promoções para tentar recuperar o prejuízo.

A vendedora disse que espera que a partir de agora as vendas aumentem e o povo acorde e pense em outros assuntos mais importantes para o País. “Agora espero que melhore em todos os sentidos, principalmente para o comércio, que amargou prejuízos”, destaca.

Outro lado

O setor que teve lucro durante o período da Copa do Mundo foi o dos mototaxitas. De acordo com Paulo Sérgio da Silva, de 22 anos, durante os jogos da seleção o aumento de corridas foi entre 10% e 15%.

Ele revelou que as pessoas para não perder o primeiro tempo dos jogos da seleção brasileira optavam por uma corrida de mototáxi. “Fiz muitas corridas nos dias dos jogos do Brasil e para nossa categoria acho que não temos do que reclamar”, alega.

A comerciante Thaís Kadena, de 32 anos, disse que a Copa foi positiva para ela, mas que outros colegas comerciantes reclamaram da baixa nas vendas durante o Mundial. “Eu tive sorte e até vendi bastante, mas alguns colegas que investiram alto estão decepcionados com o movimento abaixo da expectativa”, ressalta.

Ela acredita que o ano começa agora no País com o encerramento da Copa do Mundo. “Eu acredito que agora os brasileiros vão começar a trabalhar e pensar em outros assuntos como as eleições, que já estão próximas”, conclui.